domingo, 9 de março de 2008

NECESSIDADES



De que adianta a vida se não fizermos a nossa vontade? Será que viver bem é ter sustentabilidade financeira? Como anda a sua qualidade de vida? Você gosta do seu trabalho ou ele apenas te sustenta? Você tem um trabalho?

Essas e outras questões podem nos trazer reflexões extremamente profundas e que deveriam estar nos livros de real auto-ajuda. Essas foram apenas as que me vieram à mente ao escrever, mas você certamente terá tantas outras que poderá fazer a si ou a outrem, ou até compartilhá-las conosco! O tema foi escolhido pois é extremamente constante na vida do ser humano, e fortemente na dos brasileiros. A pouco presenciei um relato de uma mulher que foi psicóloga por sete longos e sofridos anos. Juntando-os aos quatro de formação acadêmica, suponho, foram onze anos fazendo algo que não trazia a maior das necessidades da pirâmide de Maslow, a auto-realização.
Nas primeiras interpretações, sua teoria foi considerada da seguinte maneira, primeiro são saciadas as necessidades mais simples, a base da hierarquia, a higiene, fome e sede, depois as necessidades de reconhecimento etc. até chegar ao ápice, a gloriosa auto-realização. Dessa forma, não se poderia alcançar os níveis superiores se os inferiores não fossem saciados. As necessidades então obedeciam a uma hierarquia rigorosa. Uma segunda ou terceira interpretação de Maslow já aceitava que as necessidades eram independentes, apesar de serem mais ou menos importantes, se poderia chegar a qualquer nível independentemente dos outros.
Fazendo o que nos dá dinheiro, saciamos as necessidades de reconhecimento ou as básicas, tais como higiene, fome e sede. Minha atual orientadora costuma dizer que o homem é um ser gregário, ou seja, precisa ser aceito e reconhecido pelos outros, seja pelas roupas que usa, pelo que assiste na televisão ou mesmo por sua linha filosófica. Alguns tentam negar, normalmente na adolescência, querem ser diferentes. Tenho dito que toda atividade feita por si própria, acaba sem fundamento, vira um radicalismo vazio. Ninguém ama só por amar, ama porque precisa aceitar e ser aceito, valorizar e ser valorizado. O amor não foi uma boa escolha, pode causar controvérsias e oposições por vossa parte. Tomando o "ser diferente" como objeto, percebe-se que aquele que quer ser diferente só por sê-lo acaba por se desviar do real motivo que é ser diferente, se destacar. Na verdade aquele que se diz e se apresenta diferente nada mais quer do que ser ou parecer melhor, se destacar entre os meros mortais que não seguem a mesma cultura ou filosofia que eu.
Voltando às questões e a Maslow, todo mundo diz que dinheiro não é tudo na vida e que não faz questão de muito luxo, mas não vende sua Pajero™ por nada desse mundo. E você? Largaria tudo o que conquistou com muito suor para fazer o que gosta? Abandonaria seu curso de técnico industrial ou engenheiro civil para fazer aquele curso de culinária ou de costura que ninguém deu valor? Se sua resposta for sim, parabéns. Você não foi hipócrita consigo e encarou os fatos. Se não, pense seriamente em fazê-lo. Você ainda faz parte dos 99% que jamais largaria o curso de Medicina tão sonhado pela família para fazer um de artes plásticas que realmente te dá prazer. Vai fazer o que os outros dizem que é bom? Dançou, dançou não porque isso é bom, se lascou. Deus dá o frio conforme o cobertor. Se você tem realmente uma habilidade ou talento, ou mesmo um sonho, nunca o abandone. Vivemos dizendo: "mês que vem vou ter tempo, aí eu faço aquilo que quero há tempos", então? Vai deixar pra amanhã o que se pode ou até só pode ser feito hoje? A vida é curta meu camarada, se você parar, perde o trem e não há dinheiro no mundo que possa trazer o tempo passado. Se o dinheiro é mais importante pra você, lembre-se que ele é conseqüência da maioria dos trabalhos bem-feitos. Ter um bom relacionamento com a família e com os mais próximos é fundamental nas tomadas de decisões.


Que suas vidas sejam repletas de realizações e que nunca percam a esperança de fazer o que queremos, eu disse NUNCA!


Cordialmente, Diego Mello.

09/03/08


domingo, 2 de março de 2008

Eu ainda não morri..

Meus caros leitores.. ( se ainda possuir algum...)
eu não morri nem estou desaparecido..
só que estou sem net e sem tempo..
e além de estar trabalhando nove horas por dia e estudando a noite e aos sabados...
Fora que eu estou em uma nova fase da minha vida.. namoro, responsabilidades acerbadas, estudos... mas não reclamo de nada disso. Estou feliz.
Só queria pedir desculpas pela ausência, estou sem ler e sem escrever a muito tempo..
Mas eu ainda sou participante e colaborador deste blog.

Abraços a todos e até logo!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Institucionalização do egoísmo

Mais uma vez estamos falando da natureza. A irracionalidade humana já foi escancarada e venho apenas reforçá-la. Da terra viemos e para a terra voltaremos, será? Do jeito que a temperatura está aumentando, em pouco tempo iremos todos para o céu! Só que em forma de vapor de água...
O capitalismo está engolindo o mundo em todas as suas faces. A família, a educação, o amor, a natureza... tudo está se acabando graças ao dinheiro que tanto queremos. Nos resta apenas continuar a andar de carro e jogar um lixo de vez em quando pela janela... um a mais ou a menos não fará diferença, certo? Grande parte da população ignora completamente o problema ambiental, muitos devido ao desemprego e problemas emergenciais não conseguem nem se deter a isso, em favor obviamente de seus próprios estômagos. Não os culpo mas, não raro é desses que saem os grandes exemplos, pois seria muito fácil pra um político, que trabalha de terça a quinta (horário de Rei no Brasil) doar um dia (sexta ou sábado) por mês para trabalhas de caridade, pra ele, tempo não é problema. Entretanto, para a maioria das pessoas engajadas em projetos socio-ambientais, além do tempo, o dinheiro se torna um problema, sobretudo quando se tem uma atividade a sustentar como a refeição de várias pessoas. Ainda não entendo como as pessoas, sem distinção de cor, credo ou classe social, não se importam com os outros. Acredito que o egoismo foi institucionalizado. Pensar no próprio umbigo é ser esperto e não egoísta, besta é aquele que faz pelos outros em detrimento próprio. Tento ser diferente, não pela negação do que ai está, mas por que me incomoda ser desse jeito. Sejamos mais amorosos com o próximo, se doe, viva para os outros e então poderás encontrar a felicidade. É o que penso.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A pedidos...

Bem... Me pediram, ou melhor, Diego me pediu, para escrever sobre meio ambiente. Não sei se alguém lê meus textos, mas quem os lê sabe o quanto eu gosto de falar se sentimentos e raramente escrevo sobre coisas palpáveis. Mas de maneira alguma posso negar um pedido desse amigo que tanto amo. Porém, vou seguir a linha de argumentação por senso comum. Dados e citações não são muito a minha praia.
Ultimamente não há quem não tenha ouvido falar em aquecimento global, derretimento de geleiras, aumento do nível dos mares e afins. É por esses e outros motivos que eu paro para pensar por que somos chamados de animais racionais. Segundo o dicionário, racional é aquele ser dotado de razão, que por sua vez tem diversas definições, mas a que mais me chamou a atenção foi: faculdade de distinguir o verdadeiro do falso, o bem do mal.
Refletindo muito seriamente sobre o assunto percebi o quanto estamos errados quanto a determinação do homem como um ser capaz de usar a razão. Se nós soubéssemos realmente distinguir o verdadeiro do falso, será que continuaríamos a acreditar no que alguns países dizem sobre o aquecimento? Que não é um problema imediato; que não é preciso que se diminua tanto a emissão dos gases estufa como determina o Protocolo de Kyoto; que o aumento do consumo nada tem a ver com o aquecimento global!!! Se realmente somos capazes de pensar e distinguir o bem do mal, por que continuamos a tomar banhos sem fechar o chuveiro para nos ensaboarmos? Por que ainda jogamos lixo na rua em vez de guardá-lo na bolsa para jogar na lixeira quando passarmos por uma? Por que ligamos o ar-condicionado mesmo quando a noite está fria? Por que desmatamos nossa florestas? São muitas, incontáveis perguntas que eu poderia fazer aqui. Mas deu para perceber o porquê da minha “revolta” por sermos denominados racionais!
A natureza sempre foi a responsável pela “escolha” dos seres mais adaptados ao meio, aqueles que deveriam ou não continuar o ciclo. Nós a estamos modificando, e por causa disso, espécies que estavam bem adaptadas ao ambiente estão sumindo. Espécies essas que fazem parte de uma teia alimentar da qual, inclusive, na maioria das vezes fazemos parte. A extinção de um ser pode levar a uma alteração tão grande nessa teia, que todos os outros seres são prejudicados. Isso, sem falar nas espécies que poderiam nos ajudar na cura de determinadas doenças e que nós nunca iremos saber.
Por isso digo: somos tão racionais quanto cachorros, gatos ou vacas. Na realidade menos até! Eles pelo menos aproveitam o meio ambiente, e não SE APROVEITAM dele!!!!!!!!

Espero, mesmo que o texto não tenha sido dos melhores, levar os parcos leitores (ou seria o leitor????) desse blog a pensar um pouco, refletir, e talvez, quem sabe, a raciocinar o que verdadeiro ou falso, bom ou ruim.

Abraços...

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Volta às aulas


 

Amanhã reiniciam as aulas e então o movimento nesse blog será ainda menor, pretendo escrever nos fins de semana. A quantidade de idéias não diminuíram, falta só empolgação para escrever. Desde a última postagem, e também antes dela, tenho visto várias cenas de desrespeito do ser humano. Presenciei policiais ligando a sirene pra queimar sinal e logo em seguida desligando e andando lentamente... presenciei guardas da CTTU dirigindo e tomando café, e logo depois jogando o copo pela janela, e um dos mais absurdos aconteceu ontem. Ao voltar da livraria Cultura, havia um carro acidentado na subida do viaduto sentido boa viagem. A ambulância se esgoelava centenas de metros atrás para passar pelo engarrafamento, acontece que o movimento na faixa que se encontrava a ambulância estava sendo facilitada pelos guardas, enquanto que a outra estava paralisada, até ai tudo bem. Acontece que inúmeros motoristas, sabendo que a faixa da esquerda estava andando por que a ambulância precisava passar, adentravam engarrafando a mesma! Se o acidente tivesse sido grave, o paciente poderia sofrer conseqüências sérias devido à demora no atendimento, graças a uns motoristas apressadinhos. Como se não bastasse, ao passar pelo carro acidentado, o motorista ainda ao volante, mas aparentemente bem, escutou desaforos do passageiro que estava na cadeira em frente a minha! Como o homem pode ser assim? Imediatista e insensato? Egoísta!

Post-scriptum: Isso só me motiva à trabalhar para que o contrário aconteça.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Réplica à Rafaela


 

Essa menina está conseguindo, ela me tira do sério! Quando crescer vai dar um trabalho enorme!


 

    Vamos lá, não posso me conter ante tantas contradições juntas. O pior defeito das pessoas, não é ignorar a política e sim não ser político. Esse verbete, como podeis imaginar deriva de polis, que suponho ser uma das formas da palavra grega para cidade, agregada a uma terminação adjetivante. Portanto política seria a qualidade de cidade ou de cidadão. Ao contrário do que muita gente ainda pensa, política não tem nada que ver com o congresso federal ou o presidente, com esses tem o circo ou pior, com o circo temos nós eleitores, com eles tem as penitenciárias(gostaria muito que viesse a acontecer). Política portanto é a ciência, ou arte, das relações sociais e realmente duvido de alguém que esteja alheio a isso. A frase que destaquei no início faz referência à falta de compreensão e de atitudes coletivas, de quem se entende no mundo como um ator extremamente importante. A bem da verdade, considero um defeito se negar a ver os problemas sociais, os problemas familiares ou mesmo entre amigos. Não é realmente o seu caso Rafaela, médicos tem uma função de importância ímpar e dedicação inigualável em outras profissões.

    Realmente, nem todos gostam de ler sobre política, eu particularmente fico enojado com o que leio, especialmente em nosso país, mesmo assim leio porque gosto, mas isso não me faz melhor ou pior do que ninguém. Apenas me faz informado sobre a situação governamental ou do Estado. Além do mais, eu realmente não tenho o poder de alterar o que esta lá, não sozinho, o voto é um instrumento falho e débil, nada pode contra o status quo. Em verdade há outros recursos que um cidadão civilmente capaz pode utilizar, mas não é esse meu objetivo. O exemplo dado foi ótimo, pessoas consideradas pela maioria da sociedade como incapazes, como incompetentes ou algo parecido por não ter alto nível de instrução, mas que tem uma consciência política fenomenal e que tem uma evolução espiritual gigantesca.

    Para mudar o que está, não é preciso instrução, dinheiro ou habilidades especiais. É preciso apenas vontade. Eu mesmo me condeno por buscar sempre minha estabilidade financeira antes de partir a prática, mas tento mudar aos poucos. O primeiro passo foi esse blog. Criado com a intenção de expor pensamentos não só por puramente filosofar e muito menos para entreter os leitores, mas para expressar nossa observação da sociedade, tentando tornar público o que conseguimos observar e que muitos, simplesmente por não querer não o fazem, ou por motivos outros. Tenho a vontade de fazer a diferença na sociedade, mas ainda está fraca. Já pensei em várias formas diferentes. Uma delas foi dar aulas de dança para carentes, mas não tenho essa capacidade ainda. É um plano para o futuro médio. Doar dinheiro, só quando realmente tiver e meu tempo ainda está muito focado na sustentabilidade minha e da minha família. Talvez seja um erro, mas não estou conseguindo evitar, busco caminhos alternativos diariamente. Dentre outros, influenciar os leitores a terem uma visão mais critica sobre o mundo e suas atitudes é o que tento. Claro está que minha habilidade nisto ainda não está suficiente para meus objetivos, mas estou em desenvolvimento.

    Penso que cada um pode fazer algo, e não é conversa fiada. Desejo que cada um faça o seu e tente ajudar para que os outros vejam o que é certo fazer. Não a força, não impositivamente, mas reflexivamente. Porque não jogar lixo na rua? Porque não correr no carro ou porque dar ou não esmolas? Ignorar os idosos no ônibus, ser autoritário, usar de seu cargo para obter privilégios, prejudicar pessoas boas ou auxiliar pessoas más em troca de dinheiro, tomar para si o que não é seu, esconder suas melhores idéias, não dar carona, preconceituar as pessoas etc. Esses foram apenas algumas coisas que me lembro nesse minuto e que estão mais presentes na minha vida, com todas as particularidades que isso implica. Pois cada outra pessoa poderá citar mais uma infinidade de coisas que todos sabemos estar errado, mas fazemos e achamos graça... beber, cair, levantar-beber-cair... ai eu bebo pa carai, bebo pa carai... etc. Façam o que seu coração manda, não o que sua cabeça raciocina. Na vida, o "coração" é infinitamente mais sábio que o "cérebro".

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Fuga...

Eu estive mais uma vez pensando se estou escrevendo no lugar certo. Quando Diego resolveu fazer esse blog, creio eu, que quisesse que fosse um lugar no qual as pessoas escrevessem e lessem coisas as quais fizessem refletir e pensar em como modificar a atual situação na qual se encontra o país, por menor que seja a nossa contribuição.
Entretanto, sendo eu uma pessoa que não entende de política, talvez porque simplesmente não tenha aprendido e gostar dela e não faça esforço para tal; que também não é dada ao estudo da filosofia, talvez porque não consiga entender o que muitos filósofos querem realmente dizer e por isso classifiquei todos como complexos demais para meu entendimento, aparentemente, ínfimo e limitado; tenho escrito nesse blog sobre coisas, ou melhor, sentimentos aos quais a maioria de nós conhece perfeitamente bem (que meus professores de redação me perdoem, esse período ficou longo demais!!!!). Fiz então desse blog uma extensão do consultório da minha psicóloga. Falei sobre o amor, a amizade, a responsabilidade e o prazer no que fazemos, no fato de realizar ou não planos em nossas vidas...
Posso ser uma cidadã alienada, que não faz nada pela melhoria do país, que não procura saber o que está certo ou errado no governo, que pode colocar um mal representante no poder, uma pessoa sem cultura ou qualquer dessas coisas que as pessoas que não se interessam por política são taxadas. Mas não vou de encontro a meus sentimentos só para mostrar para pessoas que muitas vezes não conheço, uma pessoa que não sou (clichê, porém verdadeiro). Não consigo ler sobre política, confesso que me esforço, que sei que é importante, mas lembra quando você criou aquele bloqueio com matemática porque a sua professorinha obrigava você a decorar a tabuada??? Pois é, sem que ninguém me obrigasse a ler sobre política eu peguei desgosto por ela! Envergonho-me disso algumas vezes, mas nunca fingi que gostava do assunto ou me fiz de entendida só para não escutar a tão propalada frase: É por causa de pessoas como você que o Brasil está do jeito que está! Já escutei diversas vezes. E sei que muitas vezes ainda escutarei.
Mas sei também que não é preciso entender de política e ler livros de filosofia para mudar, se não realidade do Brasil, pelo menos a de algumas pessoas. Digo isso porque vi um exemplo de casal, há algum tempo, no Fantástico: Abigail e Carlos do Rosário. Eles têm 57 filhos, dos quais 54 são adotados. Para criar os filhos contam com a ajuda de algumas pessoas e empresas que doam o que puderem para manter as “crianças” da dona Abigail. E ela diz que não formou ONG ou qualquer coisa parecida, é apenas uma grande família. Para ela é um prazer cuidar de seus filhos, que são escolhidos por ninguém os escolherem. Portadores de Síndrome de Down, de HIV, adolescentes, irmão que ela não queria ver separados, são o alvo do carinho desse casal que realmente podem ser chamados de PAIS. Eles não são pessoas de grau de instrução elevado, nem de situação financeira beneficiada, mas mostraram ao mundo que para fazer a diferença basta ter uma boa intenção e muita força de vontade.
Talvez meu texto tenha ficado meio misturado, com muita coisa para ler. Talvez não diga nada com nada, mas o que importa é que da minha mente foram saindo diversas inquietações que estavam me fazendo mal. E talvez esse tenha sido, dos textos os quais escrevi, o que mais tenha ME feito refletir. A política e a filosofia podem até vir a fazer parte da minha vida alguma dia, mas por enquanto vou vivendo muito bem sem as duas.

Texto de uma pessoa que se culpa pelo Brasil estar como está: Eu!!!

Ah, o amor


 


 

Ah, o amor, não me pergunte por que esse tema esta escolhido para o pseudo-monólogo de hoje. Digo-vos apenas que é um assunto de ordem superior, que não há fatos nem contra-fatos, teses ou antíteses que possa definir, limitar, ou simplesmente dissertar sobre o amor sem que deixe muito a desejar. Poesias, de origem nobre dentre os pares, talvez seja dos melhores meios de transmissão de tal sentimento. Eis que vos digo que o amor não existe, existe pessoas que se amam e o amor seria mais uma das crias da obsessão desta raça a qual pertencemos pela conceituação de tudo e nesse vai vem acabamos por capciosamente dissertar sobre o que não existe. Vamos ao dicionário, filho maior dessa mania e achamos definições diversas sobre esse e outros sentimentos. O que sabe um dicionário sobre os sentimentos? Sobretudo quanto aos meus?

Processo biológico, fisiológico, patológico psico-sociológico e mais um monte de bobagem, tudo derivado da sabedoria superior humana, a raça que mais evolui no planeta e que por isso vai destruí-lo, pois ele já não é suficiente, e como não bastasse vai também se destruir, pois provavelmente sofre de uma enorme ociosidade já que, em sua suprema sabedoria já não deve ter para onde crescer ou o que aprender. Repetindo o que li de algum grande personagem de algum lugar que não lembro, mas de grande importância é, o pior não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons. Isso sim é ruim, eu mesmo me abstenho incontáveis vezes de recomendar que as pessoas não repitam coisas que me incomodam como jogar lixo no chão. Os amigos levam gritos, mas não poderia proceder assim com todos, ainda que pudesse não o faria, pois não adiantaria. A rima foi horrível, desculpem não foi de propósito. Pois bem, assim que a sociedade começar a se destruir, me intocarei em um bünker a fim de fugir dessa auto-destruição. Todos aqui sabem o que devem ou não fazer para evitar e seria banal e fatigoso repetir lições de boa conduta aqui, porém é profundamente cabível pedir que os leitores, existam ou não, pois se não se manifestarem serão apenas um número naquele contador ao extremo sul daqui, que façam uma pequena reflexão a cada vez que perceber um ato danoso a sociedade e/ou ao meio ambiente simples e conjugados. O que isso tem que ver com amor, sei lá! O que é amor mesmo? Talvez seja apenas um ato para demonstrar o amor que temos a nós mesmos e aos que poderão nos suceder nessa superfície terrestre contornada de água.

Será um prazer um dia saber, encarnado ou não, que de alguma forma o impacto negativo das atitudes humanóides nessa bola anilada tenha se reduzido e que a "área verde" está crescendo. Talvez seja muito querer isso enquanto ainda estiver por aqui, mas que o sonho se realize com as nossas proles, mas que se realize. Para isso, usa-se apenas uma palavra, respeito. Respeito ao próximo e a si mesmo é o começo da solução que buscamos. Amar ao próximo como a si mesmo seria o ápice de qualquer raça e então estaríamos num nível tão superior que nem nos lembraríamos da poluição, nem dos latrocínios e dos atentados. Não haveria democracia certa que levasse a tal estado, convém apenas amar os próximos e os que vierem depois deles e assim sucessivamente.


 

"Não se perguntem por quem os sinos dobram, eles dobram por ti"

Ernest Hemingway apud Raul Seixas

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Sobre a sociedade dos poetas mortos


 


 

Esta noite, escrevo inspirado pelo filme Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society). Um filme magnífico que realmente me emocionou.

O filme conta a história de um grupo de estudantes de um tradicional curso preparatório para universidades nos Estados Unidos. Os alunos, os melhores possíveis. Passivos, absorvem o conhecimento alheio com uma velocidade estonteante, até que um prof. "ó, captain" Mr. Keating inicia suas aulas nessa escola. Suas aulas eram deveras peculiares, seu método de ensino inovador. Vi nele um precursor freireano. Ele fez com que seus alunos vivesse as situações de aprendizado ao invés de apenas ouvir. O trabalho de curiosidade estava presente em todo o filme e a esperança não foi diferente. Um dos alunos se rebela, adota um codinome e como um mártir, é espancado no traseiro pelo diretor da escola que o fazia a fim de obter uma confissão, pura ilusão. O aluno Dalton não confessou sequer um detalhe, uma migalha. A sociedade dos poetas mortos prosseguia a exemplo de sua primeira formação incluindo o Robie Williams (Mr. Keating). Ele inaugurou na escola a liberdade de pensamento, a opção de ver o mundo diferentemente e de fazer suas próprias escolhas. Mais do que isso, fez da poesia um instrumento de desenvolvimento humano. Os alunos passaram a ser poetas e com isso a viver sua própria vida.

O ápice da opressão se dá assustadoramente antes de sua maior queda, quando o aluno, impedido pelos pais de fazer o que lhe era bom, suicidou. Conversando com um amigo, que prometeu escrever para nós em breve, percebi que o sacrifício foi em nome da liberdade. O ator por excelência e estudante por opressão paterna, Neil, se percebeu vivendo a vida que seus pais queriam, isso o colocou num grande conflito existencial. Em verdade, aceitando as ordens dos pais, deixara de haver personalidade, havia apenas um ser que recebia ordens como uma máquina qualquer, que não pensa nem reage. Só aceita e cumpre ordens. Refletindo sobre sua existência e percebendo sua ausência, resolver por em prática o que já havia na teoria. "Cogito ergo sum", se não penso, não existo. Se não existo, tanto faz morrer... mas não é bem assim.

Uma reflexão maior sobre o filme me faz pensar por que motivo ainda estou estudando na faculdade, por que ainda faço um ou outro curso. Por que penso e me comporto dessa maneira. Por que fui compelido a fazer isso? Então tenho escolha? Na minha vida, decidi terminar a faculdade de qualquer maneira, fazer um concurso e então, após adquirir certa estabilidade financeira poder me entregar profundamente aos meus objetivos pessoais extra-economicos. Obviamente, não vou esperar essa estabilidade chegar para fazer o que quero, até lá haverá uma construção em busca dos objetivos, mas o foco será o financeiro. Não tenho talento suficiente para jogar tudo pro alto e viver de artes, se tivesse o faria sem pestanejar. Como não tenho, faço aquilo que me é oportuno e o é agora, estudar na faculdade, me graduar. De forma alguma desejo parar de estudar, aprender é uma das atividades mais gratificantes pro ser humano, fica atrás obviamente de ensinar (leia-se orientar ou ensinar-aprender em oposição a aprender-ensinar). Escrever é uma coisa que me salta a vista, estaria satisfeito em viver de escrever ou dançar.

O filme inspira aqueles que se encontram desanimados e que não encontram poesia em suas vidas. A arte, penso eu, faz parte de nós e como tal deve ser vivida, todos temos um pouco de artistas dentro de nós, basta procurar. Assim como no filme, seria uma grande dificuldade para mim ser dançarino, mas tentarei sem abandonar os estudos, assim como acredito que Neil faria se não estivesse morto. Modestamente, acredito que todos deveríamos fazer algo semelhante, claro, se tivermos condições.

Infelizmente nesse país há pessoas que não conseguem tempo nem para respirar, têm que trabalhar o dia inteiro para sustentar-se. Para elas, digo que trabalhem, mas que continuem procurando a sua arte, pois com certo esforço ela valerá muito mais que seu trabalho, tanto financeiramente quanto pessoalmente.

Como finalização peço que os leitores parem o momento periodicamente para avaliar o que fazem de suas vidas, se é o que deseja e se podem fazer melhor. Desistir nem sempre é uma boa opção, mas saber que quando terminar a atual atividade fará algo diferente já vale muito. Se aventurem, mas com sabedoria.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Sobre não ter o que falar ou não


 

Ultimamente este blog esteve entregue as baratas, a poeira rolou solta e tudo porque simplesmente não havia o que contar. Em verdade, até havia, se tem uma coisa de que tenho certeza é que o tempo não para, para? Esses dias até aconteceram algumas coisas, mas eu fui bastante brasileiro, e como tal, me omiti. Não me dei tempo para escrever. Era mais uma coisa em que me abstive. Também não danço há algum tempo. Mas isso não é assunto que interesse a atenção alheia. O escopo está na omissão. As palavras parecem não brotar mais das pontas dos meus dedos. Um costume que está se enraizando em mim é o de assistir os cadernos de cinema da TV Cultura, é realmente um bom conselho para quem gosta de madrugar. Sempre passa filmes bons. Não há um que não tenha me despertado interesse.

Quanto a minha omissão, talvez seja um reflexo a vossa. Um grande conflito interno por que passo é esse, raros são os comentários sobre o que escrevo. Um dia ainda entenderei o motivo desse mutismo. As suposições são muitas, vai da falta de qualidade dos textos a falta de disposição dos leitores, passa pela quantidade de visitas e pela aparência do blog. Mas de uma coisa suspeito, que assim como a maioria dos brasileiros, somos educados a assistir. Tragtenberg já disse que a educação que temos na escola é mais um instrumento de dominação, domesticação do que emancipatório. Não precisa ser gênio para perceber, basta refletir um pouco sobre o que estudamos e como aprendemos. Primeiro aprendemos coisas que não interessa assuntos como química e física não interessam, não como nos ensinam. Poderia ser uma maneira de desenvolver o raciocínio, para isso que se estude matemática. O ensino da maneira que está é profundamente bancário, há uma pessoa cheia de sabedoria que deposita nos cofres vazios dos alunos.

Apesar de o maior problema do Brasil ser realmente a educação, não acredito que seja a falta apenas, mas fundamentalmente a qualidade. Mesmo que nossas escolas, refiro-me como nossas as públicas, fossem todas organizadas, limpas e com professores suficientes e motivados a "ensinar" tudo o que aprenderam, nem assim teríamos um Brasil evoluído. De nada adiantaria termos pessoas "educadas" se fossem todas domesticadas. Assim como já somos. Se no Brasil toda a população fosse formada, com educação superior, e continuasse a se divertir com a TV Globo e todo o leque de opções da mídia golpista, de nada adiantaria. Continuemos a ver Big Brother e os políticos continuaram a fazer essa roubalheira, e nada acontecerá. Por quê? Por que somos tão ativos quanto uma tartaruga, quanto um bicho preguiça ou uma lesma. "Porque o Brasil é tão bom quanto o seu voto!" continuará a ser passado nas nossas faces, e acreditaremos que é verdade em silêncio. Mentira! Mentira! O direito a voto é um dos instrumentos mais fuleros que a democracia nos oferece. Ainda temos a cara de pau de ouvir em silêncio que "há um ano foram diplomados presidente... blá blá blá... em um exemplo mundial ao respeito a democracia!". Isso é desconcertante, é impressionante a covardia presente nessa frase, vinda do Estado, representando o direito eleitoral e mentindo para todos. Desafio qualquer um a me mostrar onde está essa democracia! Democracia não é coisa fácil de realizar, sobretudo nesse país tão miserável educacionalmente falando, digo isso com a propriedade de quem se enoja com a educação oriunda das escolas. É ela que nos faz pensar que o dinheiro é o futuro e que para sermos felizes temos que estudar. É ela que nos mostra o caminho das empresas, do empreendedorismo cruel. Mas para não dizer que não falei das flores, há algumas matérias que entendo como capaz de modificar essa situação. Além do português e da matemática que considero importantes, os fundamentais são história e geografia. São matérias que nos mostram ou pensam que o fazem, um pouco da realidade, atual ou anterior e nos faz pensar um pouco sobre o que está acontecendo, porque, e o que acontecerá. Uma maior intensidade sobre essas duas matérias seria uma forte mudança na capacidade crítica dos educandos-educadores. Porém, a minha fonte de inspiração crítica foi a matéria de redação, apenas ao 3º ano, para suprir uma necessidade domesticadora que é o vestibular, tivemos que estudar sobre vários assuntos da atualidade e a professora, tão nova quanto possível, à época 24 anos, nos fez refletir sobre o que líamos, nos inspirava a ter opinião própria. Muitos obviamente não aproveitaram como eu essa oportunidade, acredito que já por estar dominado plenamente pelo "sistema". Falando no "sistema", vocês acreditam nele? Sim, nesse movimento perceptível porém não palpável que influencia fortemente tudo nas nossas vidas. Nossas leituras, nossas formas de vida.

Semana passada comecei a ler o Best-Seller "O monge e o executivo". Depois de muitas opiniões diferentes, resolvi lê-lo. Se for pra criticá-lo terei agora um pouco mais de argumento, lastro. Talvez esse seja um dos motes desse blog, críticas sobre obras específicas. Talvez suscite alguns debates de forma mais intensa.

Pra quem não tinha o que falar, já o fiz bastante, mas não porei um ponto final nesse texto, o continuarei em breve. Um abraço à todos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

A importância de um impulso!!!

Mais uma vez, tiro algo para escrever aqui no blog de uma conversa com uma amiga minha. A maioria das pessoas vive fazendo planos. Planos de ir para a faculdade, entrar no curso desejado, ser um profissional de sucesso, casar com o homem, ou a mulher, amado (a), ter filhos...
Entendo que é maravilhoso fazer planos, e me incluo no grupo que os faz. Mas é importante também saber apreciar e viver o momento! Quem passa seus dias só fazendo planos, vive muito em função do futuro e, muitas vezes, esquece de viver o presente intensamente. Os planos são pequenas (algumas vezes são gigantes) projeções que fazemos dos nossos desejos. Vou tentar explicar-me melhor: queremos muito uma coisa hoje, mas sabemos que ainda temos caminhos a seguir para alcançá-la, então calculamos nossos passos para realizá-la no futuro.
Porém, temos que admitir a possibilidade de falharmos na busca da realização desses desejos. É triste dizer isso, mas é real! Ao traçarmos um plano, atrelada a ele vem a expectativa. E se ao final, nada sair como o planejado? Até porque, ninguém faz planos no qual vá se dar mal, ou que vá passar por dificuldades financeiras, ou que vá casar e separar dentro de 2 anos!!! Mas essas coisas acontecem. Não estou fazendo apologia para que tornem sua vida uma “casa da mãe Joana” (que a mãe Joana me perdoe).Planos devem ser feitos, mas admitindo que erros possam acontecer, que percalços possam aparecer, que a sua vida pode mudar, e acima de tudo que não deves sacrificar todo o seu presente em prol de seu futuro.
Sabem por que eu resolvi escrever sobre isso? Porque alguns dos melhores momentos que vivi em minha vida não foram planejados! Não criei expectativas sobre eles, então não havia nada com o que compará-los e eles talvez tenham parecido para mim melhores do que realmente foram. Mas como foram bons!!! E como eu os aproveitei!!! Foram fruto de um simples impulso! Resolvi problemas, me declarei, briguei, conheci pessoas, e tomei a iniciativa (nesse caso uma única vez, mas que admito, foi um dos dias que mais me marcou) por um simples ato impulsivo. E não me arrependo de nada, absolutamente nada que fiz dessa forma!
Então, se sentirem uma vontade louca de fazer algo, algo que talvez você nunca tenha pensado em fazer, que não estava em seus planos, FAÇA!!! Desde que isso não vá prejudicar alguém, lógico!!!!! Talvez perceba que foi melhor assim do que ter planejado tanto e na hora H ser tudo diferente! Improvise, aprecie o momento, viva-o com intensidade e paixão!!!! Assim como eu fiz ao escrever esse texto!!!


Até a próxima!!!!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Famizade


 

Em tempos de carnaval, duas classes de momentos se destacaram entre as festas que aproveitei.

A primeiro, divide-se em dois, dois dias de comemoração com amigos e amigas. Fui a uma cidade litorânea, muita simplicidade e muita alegria. O segundo foi no recife antigo, com amigas mais recentes e que foram ótimas companhias para o show de Lenine.

A segunda classe são os momentos familiares e sem dúvida os mais felizes. Alguns amigos com quem compartilhei os momentos de primeira classe foram muito bons, porém são amigos, e como amigos podem ter relações temporárias. Alguns são de longa data e não acredito que vão embora tão cedo. Entretanto, é a família que é para a vida inteira. Desde o nascimento até o falecimento, não deixam de sê-lo. O momento que tive com minha família foi de uma felicidade profunda, em contraponto hoje houve um desentendimento dentro de casa. Mas no fim das contas, as relações familiares se mostraram firmes e superiores.

Escrevo isso apenas pra relatar uma reflexão que tive sobre a importância das amizades e da família. Naturalmente, sobrepõe-se a família as amizades comuns, com o tempo, algumas amizades se transformam em família. São pouquíssimos os que chegaram a esse ponto. Vivenciei um momento oficial de transformação de uma relação não-familiar em semi-familiar, um noivado. Claro que a mudança a partir desse momento não foi significativa nessa perspectiva, mas a atual relação foi construída durante o tempo. Com o casamento, se tornarão efetivamente uma família, pois a partir desse momento será muito mais improvável a separação.

Espero com esse pequeno texto que todos possam refletir sobre suas amizades, aquelas verdadeiras e aquelas que te acompanham na farra. Reflitam também sobre sua família, sobre os conflitos e sobre o seu comportamento. Hoje fiquei bastante irritado com meu pai, mas uma conversa com sua mãe foi bastante elucidativa. Fiquei tranqüilo e pude, ao invés do antes planejado, um escândalo, conversar tranquilamente com ele. Apesar dele não ter aceitado tão bem minha reação, percebi que fiz o melhor que pude, mantendo a calma e não me deixando influenciar por más idéias. Sempre que me encontro em um momento decisivo, lembro que tenho várias idéias, as boas e as ruins, e tenho que escolher. Entre explodir, gritar e brigar ou respirar fundo e falar tranquilamente evitando conflitos.


 

Um abraço a todos!


 

Cordialmente

Diego Mello

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Amigos, amigos; nada à parte!!!!

Conversando com umas amigas minhas essa semana, cheguei à conclusão de que a valorização de amizades me atrai!!! Vou tentar me explicar melhor. Saber que um homem tenta ao máximo preservar seus amigos, manter a amizade sempre viva e os amigos sempre perto faz com que ele ganhe alguns pontos comigo. Como eu sou uma pessoa que dá extremo valor àquelas pessoas que considero amigas, acredito que é por isso que admiro quando alguém também o faz.
Talvez isso que eu disse aí em cima, não sirva de nada para o meu texto. Afinal apenas Debby e Bruninha (é estranho te chamar assim amor, mas te chamar de Bunda aqui é meio estranho não é? Opsss...) sabem do que estou falando... Mas vai servir de gancho para o que eu realmente quero dizer.
Acredito, sinceramente, apesar de alguns não concordarem comigo, que ainda somos capazes de manter amizades de escola por muito tempo. Muitas pessoas me disseram que as reais amizades irei arrumar na faculdade porque teremos conhecimentos, objetivos e interesses afins. Será? São justamente esses interesses afins que me preocupam. Teremos todos que lutar, por uma vaga na concorridíssima residência, pelos projetos que a universidade oferece, até mesmo por um livro na biblioteca... E infelizmente, lá vem o MERCADO, o maldito mercado entrar no meio das amizades, porque é buscando um lugar nele que nos preocupamos em ter uma boa formação na faculdade. Não há como negar que é mais difícil estabelecer uma amizade verdadeira quando você não sabe se a “pessoa do outro lado” está realmente torcendo pelo seu bem ou te dando uma rasteira pelas costas.
Talvez esse seja um pensamento bem pessimista meu. Mas acho que é fruto da necessidade de acreditar que meus amigos de hoje, serão meus amigos de amanhã. Quero muito, de verdade, sair com amigos maravilhosos da faculdade. Mas não amigos de festas e churrascos, ou trabalhos de anatomia, ou companheiros de profissão! Eu quero pessoas pelas quais eu ache que vale a pena torcer, que eu sei que também torcem por mim, com as quais eu possa dividir meus dramas amorosos e familiares, para as quais eu possa ligar chorando para apenas conseguir soluçar, mas que sei que estão lá para me ouvir. Pessoas com as quais eu ache que eu posso contar para que me ajude, para as quais eu também possa servir de apoio, seja com palavras amigas, seja com consultas free, rs. Pessoas que mereçam fazer parte da minha família, dormir na minha casa, usar minhas toalhas, meu sabonete e tudo o mais sem que eu ache que seja folgada. Acredito que vá encontrar pessoas assim na faculdade, na realidade até desejo, mas não acho que amigos de escola, pelo menos os meus, sejam passageiros!!! Aliás, podem até ser, mas são passageiros que nunca descem do banco do ônibus que é o meu coração!!!!


Aproveito aqui para agradecer àqueles amigos que tanto torceram por mim e que estavam do meu lado nesses 3 anos de angústia, ou mesmo que não nos 3, como é o caso de um grupo de pessoas que me fizeram muito feliz esse ano lá no Espaço Vieira Filho, entre elas Aline, que me deu muita força e que tem uma admiração muito grande por mim, e que saiba, meu amor, é recíproca!!! Bruninha, Debby e Diego o tripé de meu sustento! Sem desmerecer todos que me deram apoio, esses 3 foram especiais!!!!
Esse texto ficou mais parecendo uma confissão do que qualquer outra coisa, mas a culpa é de Diego, que me deu autoridade para postar o que eu quisesse!!!!! RS

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Réplica a “Da Responsabilidade ao Prazer!!!!”


 


 

Pois bem, adianto que estou usando meus privilégios de autor do blog para comentar de forma mais completa a primeira publicação de Rafinha.

Admito também certo privilégio por me aprofundar relativamente no tema dos estudos sobretudo nos do ensino médio em pesquisas da faculdade.

Pois bem, entendo sim que se deve desenvolver o prazer nos estudos. Também que a obrigação de certa forma rechaça esse prazer. Acontece que esse prazer deve existir, porém na atual situação do sistema educacional, ela acontece somente e não obrigatoriamente, nas faculdades. Via de regra, você escolheu o curso que faz e estuda o que precisa para ser FORMADO em determinada profissão. Acontece que na escola, desde os primeiros anos no maternal, até o pré-vestibular, o sistema de ensino é completamente deturpado e inescrupuloso. Não acredito que seja por maldade dos professores e diretores. Sim de quem desenhou esse modelo. Maurício Tragtenberg chega a dizer que a escola é um instrumento de dominação do homem. E não penso diferente, nem eu nem a maioria dos importantes autores sobre a educação que conheço. Paulo Freire, pernambucano, conhecido como o maior educador do mundo, a exceção de Jesus Cristo (essa exceção cabe apenas em quem nele acredita), nega a existência da educação autentica nas escolas. O que acontece é um modelo de educação bancária, onde o professor apenas "deposita" conhecimento numa vasilha "que é o aluno". Há tempos queria entrar nesse assunto e adorei o ensejo.

No momento, estou desenvolvendo uma pesquisa sobre a troca de saberes, mais precisamente o relacionamento entre os conhecimentos acadêmico-científicos e os populares. É de conhecimento até do mundo mineral (que Mino Carta me desculpe o plágio, mesmo tendo certeza que ele não tomará conhecimento) que o saber científico há séculos se diz superior ao saber popular e alguns autores no último século já vem contestando essa idéia. Edgar Morín, grande filosofo e sociólogo francês, discutiu com um índio em um seminário, sobre a importância dos saberes indígenas. Não é pouco a quantidade de conhecimento que os laboratórios fármacos usurparam de tribos indígenas sem ao menos mencionar a origem.

Voltando a Paulo Freire, ele demonstra que entre professor e aluno, há uma relação opressor-oprimido e que, enquanto essa dicotomia existir, não poderá haver educação autêntica nem uma justa sociedade. Sugere que a educação deve ser entre iguais e que deve haver uma troca de saberes. Em verdade, não a docência sem discência, não há ensino sem aprendizagem. Quem ensina deve ao mesmo tempo aprender e quem aprende, ensinar. Não há maneira de se aprender através de depósitos, comunicados. A aprendizagem envolve o ser, o realizar, o fazer e o refletir. A crítica é um fruto de uma reflexão provocada pela curiosidade. Portanto, deve-se pesquisar, entendendo pesquisa como uma reflexão crítica sobre o que está sendo ou foi realizado. Freire tinha por mote a educação para a LIBERDADE. Sobre a liberdade, Michel Foucault disse tê-la experimentado e descreveu que a liberdade também é uma forma de repressão.

    É por isso e muito mais que, concordo com Rafinha, o estudo deve ser com prazer, mas discordo da forma de educação colegial. Completamente. Ela é a ferramenta que nos faz bonequinhos do mercado. Faz-nos assistir Big Brother sem saber por que, só tendo os sentimentos dos participantes depositados em nós, sem nunca termos tempo de senti-los. É ver que na novela até o filho da empregada doméstica usa roupas sempre limpas e novas, colares e pulseiras e ainda diz que estão velhas. Acabo de notar que se temos três coisas ruins são, a Escola, a Mídia e o Mercado, sabendo que os dois primeiros derivam do último.


 

Fico por aqui, pois já passa da meia-noite e amanhã tenho uma tortura marcada com a dentista às 8h da madrugada!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Devaneios carnavalescos


 


 

Então é natal... quer dizer, carnaval. Mas que diferença isso faz? Eu vou tomar todas de todo jeito!


 

Como todas as festas tradicionais o carnaval já não tem outro sentido além da falsa confraternização. O ano todo esperamos por esse momento, claro, o carnaval é a maior festa popular do Brasil e o Galo da Madrugada, digo com o orgulho de quem consegue botar uma chave na fechadura, a maior do mundo! Quanto ao Galo, já não é da Madrugada, na verdade ele deve estar começando a desfilar por volta do meio-dia. Então porque ainda é da Madrugada? É simples, questão de marketing. Se muda de nome, perde a fama e ninguém vai querer ir... E mais uma vez volto a falar do nosso amigo invisível, aquele que fode com todo mundo mas ninguém se incomoda... nem ao menos olha pra trás pra saber quem é!

Não consigo entender como não tenho capacidade de impedir nem a mim mesmo de assistir televisão. Obviamente, estou em constante evolução nessa atividade. Mas ainda é grande o desejo de ligar a telinha, especialmente para ver desenhos animados, filmes e Chaves. O resto não ligo não. De ontem pra hoje tentei a alternativa rádio e tive uma profunda chateação com a CBN, sim, aquela que "toca notícia" toca mais propagandas! Não agüentei ficar escutando porque a cada minuto o tempo de propaganda era maior que o de notícias, e pra piorar, as propagandas se repetiam cansativamente. Por isso a CBN caiu vários pontos no meu conceito, se é que ele serve de alguma coisa para vós. Se não serve, no mínimo, cabe uma reflexão. Costumo pensar que onde tem dinheiro tem distorção da verdade. Posso estar errado, mas além das corrupções conhecidas na imprensa, as empresas patrocinadoras podem também ter uma forte influência sobre o que é transmitido naquele canal de emissão. Espero estar errado, mas cabe a dúvida. Falando de imprensa, este blog tem justamente o objetivo de publicar toda e qualquer idéia que seja permeada por valores críticos, contrários a atual e decepcionante situação em que se encontra a humanidade. Portanto, se alguém quiser expor suas idéias, fique a vontade em pedir a mim ou aos outros autores para publicar. Obviamente, se você for ousado o suficiente para querer dizer que está tudo bem e que o mundo está caminhando para o progresso e que o Brasil é um país em desenvolvimento, vai levar no mínimo uma boa resposta minha. É um absurdo alguém não se indignar com a situação do mundo. Chego a considerar um crime aceitar toda a criminalidade direta e não fazer absolutamente nada, nem ao menos refletir e tentar mudas suas atitudes. Doa a quem doer, começo a pensar que a anarquia seria a melhor "forma" de governo. A exceção de pessoas altamente evoluídas em comparação a nós, como Gandhi e Dalai Lama, não há quem possa governar, ter tanto poder e não se desvirtuar. Não há quem consiga inibir toda a corrupção existente no Estado, sobretudo no nosso. A cada dia descobre-se mais relações entre representantes dos 3 poderes com alguma sem-vergonhice capitalista. Por último foi declarado um escândalo de gastos dos cartões de crédito corporativos. Como se já fosse pouco toda a remuneração imerecida desses canalhas.

    Espero que o carnaval, como feriado, seja também um tempo de refletir sobre suas atitudes. Porque beber? Porque me drogar? Porque fazer sexo inescrupulosamente! Porque jogar lixo no chão, se tenho bolsos e se tem uma lixeira bem ali? Porque ter tanta pressa, não é queimando sinais ou buzinando que vou chegar aproveitar melhor meu tempo! Falando em trânsito, fico impressionado com a capacidade da maioria dos motoristas em, ao ver pedestres atravessando a rua, aceleram, buzinam e cortam luz, ao invés do óbvio, usar o freio. Tenho certeza que muitos atropelamentos poderiam ser evitados se trocássemos o uso da buzina, farol alto e acelerador pelo freio. Desejo de coração que as pessoas reflitam sobre o quão respeitosos têm sido com o próximo e que procurem melhorar nesse ponto.


 

Desejo novamente que brinquem o carnaval com moderação no que for moderável. Muito respeito e alegria. Isso é tudo.

Da Responsabilidade ao Prazer!!!!

Bom, eu sinceramente não sei como começar. Nem mesmo sei sobre o que vou falar aqui. É meu primeiro texto oficial, pelo menos o primeiro escrito com o intuito de ser postado, afinal o outro texto foi mais um comentário que meu amigo (peço licença para assim chamá-lo) Paulista pediu para postar.
Para mim o convite para ser colaboradora do blog vem junto com uma grande responsabilidade. Enquanto eu estava apenas comentando textos, tudo estava tranqüilo. Mas a partir do momento em que escrevo para que outras pessoas leiam meu texto e mesmo que não comentem, sejam capazes de refletir sobre ele o peso do “tenho que saber o que escrever e sobre o que escrever” começa a pesar sobre minhas costas!
E já que falei em responsabilidade, resolvi que é sobre ela que vou tentar discursar hoje. Muitas vezes eu paro para pensar por que motivo eu nunca gostei de escrever redações se eu gosto (ou pelo menos acho que gosto) de escrever. E sempre chego à mesma conclusão: eu gosto sim de escrever, desde que o ato não venha acompanhado da responsabilidade de escrever!!! Eu me sinto pressionada não hora de redigir uma redação. O fato de ter que escrever sobre um assunto determinado, com regras determinadas, tempo determinado, acaba minando todas as minhas idéias!!! Então quando não tomo o ato de escrever como sendo responsabilidade vejo que meus textos fluem com mais facilidade.
Mas não só à escrita podemos nos deter. Poucas são as pessoas que consideram estudo como sendo prazeroso. Mas isso é porque as pessoas em geral vêem o estudo como uma responsabilidade, uma necessidade para se passar de ano no colégio ou para obter um bom futuro profissional. Se encarássemos o estudo como um texto sem regras e horários, apenas como um modo de engrandecimento pessoal, ou como uma maneira de tentar melhorar aquilo que achamos que está errado, seja em qual área for, seria muito mais fácil estudar. Por que determinamos um tempo para nos divertir, e não para estudar? Por que é tão fácil ter a curiosidade sobre um filme, um livro, um programa de TV, mas é tão difícil se interessar por física, química ou história? Por que paramos para assistir ao BBB todas as noites, mas não nos interessamos em saber como as células tronco realmente podem ajudar a curar certas doenças?
Tudo isso, é porque encaramos tudo o que envolve “as ciências do estudo” como sendo uma responsabilidade, e para muitos, responsabilidade é sinônimo de obrigação. Como ninguém gosta de fazer as coisas de modo obrigado, simplesmente estudamos de mal-grado. E infelizmente, essa cultura de que se você estuda é responsável, caso contrário é vagabundo, se propaga. É preciso gerar nas pessoas a necessidade de buscar o conhecimento, criar a curiosidade sobre àquilo que nos rodeia. Talvez assim, elas entendam o quanto o saber é prazeroso, e encarando-o como algo bom, deixem de achar que estudar é ato de responsabilidade e sintam que é ato de necessidade. Necessidade de entendimento de como a vida funciona, de amadurecimento, de se sentir útil, de não apenas saber o quanto você pode fazer pelo mundo, mas principalmente o que você pode fazer por você mesmo!!!!

Acho que para primeiro texto me estendi demais, mas de certa forma isso é bom. Percebo que consegui torna-lo um ato de prazer e não de RESPONSABILIDADE!!!!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Férias e carnaval!!!


 


 

Pois é, há um bom tempo não temos postagens novas nesse blog por dois motivos. O primeiro é que Edson está trabalhando 9 horas per Day! (não, ainda não instituíram o tronco na empresa que ele foi contratado), segundo é que esse que vos fala está de "férias"! Entre aspas porque não são férias propriamente ditas assim como vós costumais conhecer. Continuo realizando minhas atividades paralelas na universidade, cumprindo 20h p/ semana... é bom, mas eu queria realmente descansar. Talvez o carnaval me dê essa oportunidade, mas é o que se paga quando se quer estudar na UFPE e fazer diferente da maioria. A maioria se limita a fazer a graduação, assim com manda o roteiro. Fazer aquilo e nada a mais. Felizmente eu não me limito a isso, além da graduação invisto meu tempo em iniciação científica, leituras paralelas e dança. Sim, a dança de salão tomou grande parte do meu tempo no ano passado e esse ano terá que ser diferente. Uma das más conseqüências dessa atitude foi a reprovação na cadeira de economia. Não foi só por causa da dança, na verdade, essa não foi nem a principal causa. Meu grande problema é disciplina. É reconhecido e infelizmente ainda não resolvido. Tento mudar a cada dia, mas enfrento barreiras no meu costume, na minha cultura. Dificuldades de acordar cedo pra estudar quando se está de férias... é uma das maiores, acho que isso não é tão grave assim, é?

Quanto a minhas atividades, deu-se o ponta-pé inicial na produção de um ou mais artigos para submeter até março. Portanto, mais trabalho! Não sei como será esse carnaval, desejo ir umas 3 vezes ao antigo e pronto, já é suficiente. Pois bem, ainda não fiz nenhuma reflexão, mesmo que superficial desse tão grandioso evento que está prestes a começar, à exceção das prévias que já começaram faz muito tempo.

O carnaval no Brasil, ainda mais no Recife, é uma festa grandiosa, gigantesca. Reúne milhares de pessoas de diversos lugares e culturas. Porém o carnaval está longe de ser uma festa tipicamente de congregação cultural ou social. Pra muitas pessoas pode até ser, mas pra maioria ainda é uma festa em que se pode fazer de tudo: "tudo é permitido e nada é proibido!". Isso é péssimo, toda a sociedade expõe seus piores valores nesse momento. É óbvio que nem todo mundo é assim, mas é quase só o que vemos no carnaval, todos vocês com certeza já presenciaram ou viveram brigas, confusões de todos os tipos, desrespeitos, desmaios, pessoas passando mal por causa de álcool e drogas, além dos acidentes de trânsito e outra infinidade de coisas ruins que as pessoas fazem jurando ser divertido e pouco se importando com as conseqüências de sua "diversão". Pois bem, pra ser curto, pois o tempo não me sobra, desejo que todos brinquem o carnaval com alegria e respeito. Equilíbrio é necessário, os exageros são prejudiciais, a você e aos outros. Quer extravasar? O faça com o devido respeito a você e o próximo, lembre-se que não só de álcool e drogas pode-se extravasar. Portanto, bom carnaval!


 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

7668 dias...

Aos dias 23 do mês de janeiro do ano de 1987, as 19:00 hs eu vim ao mundo. Uma criança um tanto feinha, careca, com a cara inchada que se derretia em sorrisos no colo do avô.
Não me lembro muito bem da minha primeira infância, sei que meu pai não esteve presente, pois o mesmo se separou da minha quando eu tinha apenas um ano. Mas isso teve seu lado positivo, pois fui para a casa dos meus avós maternos, junto com a minha mãe. Lá morei por 15 anos, com alguns intervalos onde morei em recife e com meu pai. Ao chegar La me deparei com uma casa grande, daquelas acolhedoras, de mesa sempre cheia e receptiva para aqueles convidados que sempre chegavam na hora do almoço ou jantar.
Dessa época da chegada guardo poucas lembranças, as minhas memórias mais consolidadas e claras datam dos meus seis anos, quando já lia e escrevia (pelo que eu lembro a minha letra se manteve a mesma daquela época), antes disso a lembranças, mas soltas nada muito claro. Gostava da minha vida, apesar de ser a única criança numa casa cheia de adultos, quatro tios meus moravam na época conosco, eu para não ser diferente chateava bastante meus tios e tias, era bom. Meus avós foram extremamente importantes na construção do meu caráter se eu sou o que sou hoje foi pelos valores e ensinamentos que eles me transmitiram. Meu avô é a minha figura masculina mais próxima o qual ainda continua sendo referencia, se ele falar eu me calo, meu pai não tem esse poder sobre mim, alias isso é uma exclusividade do meu avô. E minha avó com ela eu criei uma ligação muito forte e que eu afirmo sem duvidas que a amo mais do que qualquer outra pessoa no mundo, e que a sua perda levara boa parte de mim com ela, abrindo uma ferida que muito demorara a cicatrizar. Devem estar pensando menino criado com vó, mas eu não me importo tive sorte e o privilegio de ser criado por ela, ela é um exemplo para mim.
Nestes 7668 dias já fiz muita coisa e conheci pessoas que marcaram minha vida. Já pulei muro do colégio para matar aula, já pulei para entrar porque cheguei atrasado ao mesmo, já apanhei na escola, já esmurrei colegas de sala, já apanhei em casa por ter apanhado e batido na escola, já fui suspenso, advertido, já fui melhor aluno da sala, ganhei concurso de tabuada, já amei por uma semana, já odiei com intensidade de uma vida, já fugi da casa do meu pai e não voltei ate a presente data, já fiz inúmeras coisas e deixei de fazer outras tantas em igual proporção.
Só sei que eu passei por experiências que me fizeram ter um amadurecimento muito mais rápido. Do alto dos meus 20 anos, quase 21, eu me considero alguém de caráter formado e valores definidos, onde nenhuma influencia externa mudara meus valores ou me fará fazer coisas que considero errado, sou constituído de bases solidas que sabe o que quer da vida e trilha seus próprios caminhos com as próprias pernas e determinação de quem sabe lutar.
Neste tempo que passou, eu olho para trás e de certo modo gosto do que vejo. Aprendo muito com as minhas experiências meu passado e as pessoas que fizeram parte dele são referencias nas minhas tomadas de atitudes para o futuro.
Carrego poucas certezas sobre mim, fora meu caráter e valores, para o que meu futuro me reserva, sou e sempre serei são-paulino, apaixonado pelo que há de melhor nesse mundo: as mulheres (duas das poucas influencias do meu pai, que minha mãe dizia que quando era novo não podia ver uma canela, não era nem um rabo de saia, de fora que ele já tava dando em cima, tanto que foi pai aos 16 anos... e que também fugiu de casa aos 13 anos para ver o São Paulo ser campeão brasileiro em Minas gerais!) e que nunca me drogarei. O resto do que serei as minhas ações e escolhas determinaram...
O porquê de fazer esse texto é que daqui a dois dias completo 21 anos, chego aos 7670 dias vividos e eu quis fazer um “balanço” sem se aprofundar muito da minha historia de vida. Fiz o texto muito mais para me lembrar, com nostalgia de um passado, que infelizmente não volta mais, mas me da força para construir meu futuro...
“Livros, testamentos, folhas de jornal
A vida é curta, mas não é pouca
Maquina do tempo, bola de cristal,
sobrenatural eu saber que não serei para sempre assim...
Me destaco de um álbum de fotografia antigo para lembrar de mim
Dizem que fiquei fora por tempo demais
E aquele agora ou nunca ficou para trás
O que não disseram é que voltei diferente
E que o meu agora é daqui para frente
Nada me amarra passado é propulsão
Todos os meus caminhos começam com o pé no chão
Hoje quando o sol sair eu resolvi voltar”
Sobrenatural - Ludov

sábado, 19 de janeiro de 2008

O carnaval está chegando...


 

... e como não poderia ser diferente, minha cabeça está estoirando de pensamentos. Muitas coisas me preocupam, do meu futuro econômico ao espiritual. Da dança ao laguinho. E pra variar eu ainda não decidi o que fazer. Ontem fiz a inscrição em um desses concursos públicos que pagam bem, as esperanças são frágeis. Sólidas como bastões de macarrão seco, basta apertar que quebra.

    Há pouco tempo não conseguia me imaginar sem fazer dança de salão, é realmente uma paixão que descobri. Entretanto hoje cogito suspender essa atividade para estudar. Não que seja ruim estudar, mas ainda não tenho certeza ser esse meu objetivo. Ser um eterno estudante. Talvez um mestrado... doutoramento é coisa muito distante pra mim. Mal consigo passar na graduação! Uma vez minha orientadora me orientou a dizer que a graduação ainda nos traz coisas que não gostamos, assim como acontece em maior nível no ensino médio e em menor na pós-graduação. Acredito que só vou conseguir me decidir sobre tal tema quando produzir algum trabalho e conseguir receber ao menos um elogio. Sim, porque ai começa o reconhecimento científico do meu saber. A linha da minha pesquisa segue por aí, a valorização do conhecimento científico e do popular. Realmente é um tema que me despertou um grande interesse, sobretudo ao ler Paulo Freire. Estou pensando, agora, em fazer uma seção no blog sobre troca de saberes, assim poderia exercitar. São tantas idéias que já tive, temas não iriam faltar. A opinião de vocês é necessária. Vocês, ou você? Ainda me questiono a pluralidade de visitas neste humilde blog. Assim como num butequim (o correto seria botequim, mas como outro qualquer já tivera essa idéia, troquei as letras) não é a quantidade de pessoas que interessa, mas sim o quanto elas pagam pra ficaram ébrias.

    É, talvez eu pare de dançar por uns tempos, talvez seja melhor uma dedicação mais intensa a universidade. Já provei os prazeres acadêmicos algumas vezes e são viciantes. São exatamente os momentos em que consigo realmente entender algo que me explicam com profundidade, ou quando tenho uma idéia sobre determinado assunto. Aquilo me inspira. Sei lá por que. Talvez eu seja movido apenas pelo interesse que tenho em ser admirado pelas pessoas que admiro. Talvez todos tenhamos um pouco disso (para saber mais leia alguma coisa sobre Gerenciamento de Impressões escrita pelo prof. Ricardo Mendonça). Por outro lado, vejo as pessoas que estão em níveis mais avançados, mestres e doutores, a se matarem de estudar, passar dias trancados, alcançarem altos níveis de produtividade, tudo pela pressa do título.

    Aí entra o capitalismo outra vez, o bichinho já estava se sentindo abandonado. Há tempos não falava dele! Pois é, tudo que somos academicamente é resultado dele. Se cumprimos um determinado perfil curricular, é porque o mercado assim o quis. Não pensem vocês que é só o curso de administração, são todos ou a maioria. Alguns, obviamente não se submetem e encaram as costumeiras más conseqüências a quem o faz. Filosofia por exemplo, não atrai muito o interesse das empresas e portanto é esquecido pela sociedade. Quantas e quantas dissertações e teses não foram financiadas por empresas? Quantas portanto, não obtiveram os resultados desejados pelas empresas?

    Saindo um pouco da academia, podemos nos dar conta que a maioria das coisas que acontecem tem uma raiz no mercado. Porque os meninos gostam de ter carrões? Para impressionar as meninas. E porque as meninas ficam impressionadas com os carrões? Por que as empresas, através de ações de marketing, tornam o carrão uma coisa mais do que luxo, torna necessário. Assim acontece com várias outras coisas, como vestuário, móveis e imóveis, ferramentas, aparelhos etc. Aristóteles se cansaria de fazer suas assertivas lógicas nos dias de hoje. Cabe a nós decidir o que é ou não necessário. Através das novelas, a globo faz do BBB uma coisa necessária. Você já está viciado em ver estórias falsas mas emocionantes, agora imagine-as sendo verdadeiras! É impressionante a quantidade estúpida dos mesmos a dedicarem seu tempo, que a partir do que assistem deduzo que não vale muito, em coisas sem valor. Quer emoção? Desligue a TV! Viva a sua vida! Arrisque-se! Viva! Faça o que te dá prazer! Troca tuas coisas necessárias por coisas que você gosta! Para de estudar ou trabalhar um dia para ser artista! A arte está em todos, disso não tenho dúvida. Dá valor ao teu próximo e acredita nele! Às vezes penso que o que falta no mundo é esperança. Se eu tiver esperança, assumindo um preconceito que as pessoas farão o melhor delas, em viver boas situações, talvez isso faça com que os outros tomem melhores decisões. Quantas vezes não já ouvimos uma história de alguém que ia ser assaltado, mas por ser simpático o ladrão o deixou em paz?? Eu já ouvi várias! Pois bem, como diz meu amigo Paulista, já plagiando a idéia do filme "Outra história americana", textos ficam bons ao fecharem com uma boa citação. Então lá vai. E como acadêmico não poderia deixar de fazer a referência bibliográfica. FREIRE, Paulo. Pedagogia
da autonomia
: saberes necessários a prática educativa. Não é assim que a ABNT pede, mas serve.


 


 

"Prefiro ser criticado como idealista e sonhador inveterado por continuar, sem relutar, apostar no ser humano, a me bater por uma legislação que o defenda contra as arrancadas agressivas e injustas de quem transgride a própria ética. A liberdade do comércio não pode estar acima da liberdade do ser humano. A liberdade de comércio sem limite é licenciosidade do lucro"


 


 


 


 

    O que tem o texto a ver com o carnaval? Talvez nada... ou tudo. Depende apenas de como você o leia.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

A vida é uma partida de futebol (segundo tempo)

Inicio:


Na volta do vestiário o time já esta ciente da postura que deve adotar em campo. A parada estratégica do intervalo definiu a principio, o modo de agir, não que o time não possa vir a modificá-la, mas essa será a base para as tomadas de decisão... Na vida é sempre bom após as paradas estratégicas em busca de nos avaliarmos, transformar em ações aquilo no qual nos propusermos a melhorar. Todo adulto tem que buscar essa percepção de parar, analisar e agir... é complexa essa parte mas... Assopra o tio! Ta valendo o quebra canela!


15 minutos do segundo tempo: (Segunda parte da Idade Adulta)


O jogo nessa fase rola mais solto não há mais tanta marcação, o esforço físico dos 60 minutos iniciais começa a pesar, e os espaços em campo surgem em campo onde menos se espera. O time esta ciente que esta na hora de matar o jogo e que um gol dará tranqüilidade necessária para levarem mais tranquilamente o resto da partida... Na segunda parte da idade adulta é quando se prepara para a tão merecida aposentadoria e quando se começa a fazer os preparativos finais para se ter o inicio de uma nova fase.


30 minutos do segundo tempo: (Melhor Idade)


Nessa hora não a muito que se fazer, apesar da máxima de que “o jogo só acaba no apito final” valha para o time e para a vida. Fica evidente que um placar adverso é desmotivador, mas não existe nada impossível de ser revertido, nessa hora que se diferenciam craques de jogadores comuns, o craque sabe que quem tem que correr é a bola, não ele, pois suas pernas não têm mais o fôlego de outrora. De uma forma cadenciada, adquirida com a experiência da partida, e de quem conhece os atalhos do campo, o time consegue ou ampliar o placar ou reverte-lo sem se usar da afobação da juventude, nem o pragmatismo da idade adulta... A velhice é a melhor idade pois não há nada melhor do que curtir um repouso merecido sem deixar de ser útil, mas com família criada e encaminhada chegou a hora de cuidar de si próprio e aproveitar o melhor que a vida tem a oferecer, como se fosse um amor mas sempre se mantendo naquela fase de começo de namoro a melhor que tem.


45 minutos do segundo tempo: (Fim)


O juiz aponta o centro de campo e ergue o braço, fim de jogo! Acabou não resta mais nada a se fazer, mas independente do placar ou da avaliação de vida resta o conforto de quem pode olhar para trás e ter a certeza de que fez o melhor e que valeu a pena. Pois ao menos por um instante você foi insubstituível na vida de alguém, de modo, que na sua “partida” continua em outros. É a hora de pendurar as chuteiras é triste mas é necessário e não tem como fugir disso, mas a certeza que o time continuara a existir e que você nunca perdera seu espaço na historia dele é uma grande recompensa. Neste fim de texto não fiz distinção entre vida e partida porque acredito que o fim chega para as duas e de uma maneira tentei ser genérico na abordagem de modo a contemplar as duas vertentes.


Obrigado.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A vida como uma partida de futebol

Permito-me nessa postagem fazer uma pequena analogia entre uma partida de futebol e a vida de um ser humano
Inicio: (Nascimento)
Apita o juiz, começa o jogo! Você nasce! Como antes de todo jogo o time estuda o adversário e se prepara psicologicamente para a partida... nossos pais se prepararam para nos fazer (ao menos alguns..hehehe). Rola a Bola!
10 minutos de jogo: (Infância)
O time vai descobrindo o campo, sentindo o clima de jogo, dando os primeiros passos no tapete verde... Na vida vamos conhecendo o mundo a nossa volta, nomeando tudo o quanto nos cerca e com uma capacidade infinita de adquirir novos conhecimentos e a vontade de explorar o nosso mundo.
20 minutos de jogo: (Adolescência)
O time já deixou de estudar o adversário e já começa a ensaiar as primeiras jogadas ofensivas, além de se deparar com os primeiros obstáculos, a marcação adversária aperta, os volantes carniceiros começam a bater, cabe aos jogadores do time não se abalarem com os primeiros obstáculos colocados na sua frente descobrindo um modo de burlar a marcação adversária... Assim como na adolescência quando nos deparamos com um prenuncio do que é a vida, dando de cara com as primeiras adversidades e saímos da redoma do nosso lar. É preciso aprender a viver e enfrentar, sem perder o animo, as dificuldades que se colocam no nosso caminho, tempo de aprendizagem.
30 minutos de jogo: (Idade Adulta)
É aquele momento em que a partida esta no instante em que qualquer falha pode levar um gol. O time tem medo de se arriscar, mas sabe que precisa ganhar o jogo e o único modo de alcançar o objetivo, de fazer o gol, é arriscando e se expondo. O técnico fica nessa encruzilhada sem saber se deve atacar, defender, organizar o meio campo, apoiar com os laterais, as possibilidades são múltiplas e infinitas... Na vida quando entramos na idade adulta nos deparamos com vários caminhos e escolhas que devemos ponderar e decidir qual o caminho correto que nos levara a um estado de felicidade.
45 minutos de jogo: (Intervalo)
Hora de ir ao chuveiro e avaliar os acontecimentos nessa primeira parte da partida. Se esta vencendo ou satisfeito com o desempenho do time, procure manter a tática, mas caso o resultado não seja o esperado é a hora certa de mudar o jogo, modificar a tática, trabalhar o psicológico, fazer o time acreditar em si mesmo e ser capaz de reverter um resultado adverso.. na vida é necessário esses “intervalos” é o tempo que damos a nós mesmo para analisar o que somos, onde estamos, quem somos e por que vivemos. Se estivermos bem com a vida cabe a nós continuar assim e sempre buscar melhorar, mas se não, vamos lutar para realizar os nossos objetivos e buscar uma nova alternativa de vida.
Fim do primeiro tempo.
Aguardem o segundo tempo.^^

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Por que temos que decidir?


 

    Ano passado foi como ter várias facas apontadas para o buxo e só conseguir escapar voando! Esse ano promete não ser diferente e é o que está acontecendo, a cada dia tenho que escapar de várias situações complexas, arriscando sempre o pescoço de quem decide, no caso, o meu. Várias vezes temos boas cartas, mas nunca saberá se mesmo escolhendo a que lhe parece melhor vai trazer-lhe a vitória. Mas uma vez, cabe refletir. Pensar, analisar, observar, trocar saberes etc.

    As férias estão chegando e mais dúvidas surgirão para serem elucidadas no seu decorrer, e que ao seu fim estejam todas decididas. A faculdade tem me dado dor de cabeça, não pelas cadeiras, mas pelas dúvidas. Eu como sempre fui bastante indeciso e adepto do faça tudo o que puder sempre me atolo em areia movediça nessas épocas. As opções são incontáveis, as vantagens então, não caberiam nesta página, arrisco dizer que dariam um livro. Contudo, não tenho tempo para todas, apenas para poucas e que tem que ser bem decididas. A economia pede isso, o mercado, o sistema, a família, os amigos, A VIDA!

    Portanto, àqueles que estão prestes a tomar grandes decisões, expresso meu consolo, de quem padece da mesma chaga. E vou mais além (que o diga a profª Silvana de geografia!) tive muita sorte em várias decisões que tomei, em outras fui um profundo fracasso. A virada de ano me deu oportunidade de perceber isso. Escrever as dúvidas ajuda muito no momento de decidi-las. Não posso, por motivos evidentes, escrevê-las aqui, afinal, não está aqui a escrever-lhes um BIG BROTHER, apenas um humilde "blogueiro".

    Decisões envolvem riscos, riscos envolvem sucessos ou fracassos, mas sobretudo o aprendizado. O que seria da vida sem riscos? Não posso ficar de braços cruzados a ver o tempo passar e as decisões ficarem a me esperar. Algumas coisas não podem ser pensadas, apenas sentidas. O famoso feeling tem que se expressar na maioria dos casos, pois nunca teremos tempo o suficiente para analisar todas as possibilidades envolvidas no caso. Vejo agora que o estudo da teoria da Racionalidade Limitada ou Modelo Carnegie, uma teoria de administração, pode ser de grande utilidade na vida pessoal! Sim, esse curso não é tão inútil quanto imaginava! Pois bem, arrisquem! Seus molengas!


 


 

"Quem já passou por essa vida e não viveu pode ser mais mas sabe menos do que eu por que a vida só se dá pra quem se deu pra quem amor pra quem chorou pra quem sofreu..."

Toquinho


 

O laguinho


 

    Estava a inventar personagens, mas resolvi voltar a minha pessoa. Qualquer dia desses escrevo um romance, viver outros vidas pode ser divertido.

    Hoje queria escrever algo sobre o motivo de todos fazermos o que fazemos. Isso parece bastante difícil visto que cada um faz o que lhe dar na veneta e o que lhe convém. Pois bem, é nesses assuntos difíceis que gosto de entrar e é por eles que faço minha trilha. Qualquer lesma já deve ter parado pra se perguntar por que esta fazendo aquilo, mesmo assim, nossa raça insiste em ser máquina. É impressionante a quantidade de gente que se põe a fazer as coisas, vai fazendo, envelhecendo, imitando e aceitando e acaba por morrer sem saber nem que existiu. Até uma pedra saberia quem é Rei de Seu-rei-mandou-dizer dos dias de hoje. Se ainda tens alguma dúvida, dá uma olhadela, assim com o rabo do olho, como quem não quer nada, ai no canto direito. Veja bem... veja bem.... VEJA Béeem, a situação é a de sempre, alguém manda e alguém obedece. Mas por ser a de sempre FOI não posso aceitar que seja a que sempre SERÁ. Se pensasse o contrário, já teria me atirado de um certo décimo quarto andar. Por mais que vocês cansem, insistirei em citar Paulo Freire enquanto nele acreditar, e portanto ele deixou claro que aceitar que a realidade deve ser como ela é e não de outra maneira é acreditar em pré-determinismo e que não podemos fazer nada para mudar e portanto não temos motivo para viver. Pois assim estamos, a aceitar a realidade e o que é ainda pior, a fazermos menos esforço que os minerais para modificá-la. Sinto certo desgosto em saber quantos adoram assistir uma televisão mas não sabem como está seus pais, sua família, a mesma que compartilha o espaço na hora da novela.

    Outro dia me espantei com uma certa situação que não convém citar mas que me trouxeram algumas reflexões. Ano passado estive inúmeras vezes a me perguntar o que eu queria da vida, hoje tenho um caminho, não sei se será o de amanhã, mesmo que amanhã só esteja a cinco minutos de mim. Um de meus objetivos está bem definido, resta traçar o caminho para que o alcance, porém foi resultado de bastantes reflexões e crises existenciais. Hoje tento colaborar com a crise de alguns amigos que desejo que tenham tanta sorte quanto eu tive na sua busca. A dificuldade não está no fim, sim no meio. No caminho é que se encontra o desenvolvimento e o verdadeiro objetivo. Esse ano está sendo de grandes novidades pra mim, uma delas são as visitas periódicas que faço a um determinado lago, carinhosamente chamado de laguinho. Essas visitas nunca foram o fim, percebo até que não devemos buscar o fim, mas os meios. Talvez esteja errado, mas esse é um grande risco que quem tenta elaborar e expor idéias acaba por correr.

    Temo que a maioria das pessoas, imediatistas e portanto centradas nos fins, continuem por divertir-se diante das televisões e desperdicem sua vida com atividades-fim. Sim porque quem busca uma novela quer emoção, amor e ódio, alegrias, mas não imagina que pode obtê-los de outras formas, obter seus próprios sentimentos. A cada dia noto coisas a que nos habituamos a fazer, pensar e buscar, mas que foi nos imposto. Sexo, drogas e rock'n roll é um bom exemplo. Ninguém pode negar que os seguidores desse lema se divertem, mas eles não serão felizes se não forem durante. Durante é a época mais importante pra qualquer coisa, não é o começo nem o fim, mas o durante.

    Deixo para vocês a sugestão para que visitem o laguinho (ou semelhantes para não haver superlotação!). Espero de verdade que com o tempo e com repetição da meditação, todos nós possamos ficar um pouco mais conscientes de si, entender que somos o que somos e não o que os outros pensam. Podemos ser o que quisermos. Podemos fazer de tudo. Podemos alcançar o que quisermos. Basta refletir. Pensar sobre o que somos e o que estamos fazendo. Será que estamos fazendo para nós, ou apenas para impressionar os outros? O que estamos fazendo é duradouro? Não? Devemos ou não continuar fazendo? Etc. Nos perguntar é a melhor forma de nos afirmar. Para aqueles que querem o exemplo, segue o de Edgar Morín, não importa quem ele foi, importa o que ele pensou.


 

O verdadeiro amor se reconhece naquilo que sobrevive ao coito, enquanto que o desejo sem amor se dissolve na famosa tristeza pós-coital: "homo triste post coitum". Aquele que é sujeito do amor é "felix post coitum".


 

Talvez pra você o que eu escrevi não faça sentido, não me importo, o fará pra alguém. Achou ruim? Por quê? Reflita!


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

domingo, 13 de janeiro de 2008

Qual o seu maior medo?

Essa questão me veio a cabeça nessa noite..
todos temos medos isso é inerente a existência humana, caminha lado a lado conosco em todos os momentos e medo se faz necessário para nossa própria sobrevivência..
Mas o que eu venho a questionar nesse texto é o nosso grande medo aquele que nos assola e que o evitamos a todo custo...
caros leitores o meu maior medo se resume ao meu futuro. Sinceramente eu tenho medo de fracassar de não ser alguém na vida, de não atingir os objetivos que eu mesmo tracei para mim.. não quero muito dinheiro, carro, casa e um bom emprego. Teria um pensamento limitado demais se eu pensasse só nisso eu tenho um "pezinho" na verdade eu sou de uma realidade diferente, alguem que sabe o quanto o mundo la fora é ruim e que não perdoa o menor dos erros..
Lógico que eu quero melhorar minha situação de vida e que só há um caminho para isso, trabalhar numa grande empresa, seria hipócrita se não escrevesse isso, mas não vislumbro isso para minha pessoa por um grande periodo. Estou nesse mundo com o propósito de transformar a realidade ao nosso redor, a qual eu conheci, não pretendo ficar de braços cruzados e ver pessoas desistindo por falta de oportunidade e eu sei o quanto uma oportunidade muda a vida de uma pessoa.
Não nego que tenho um lado revolucionário mas sei que isso é mera utopia, sei que a verdadeira revolução é se trabalhar no micro, na base de uma pessoa por vez e isso não tem como ser comprado, dar a chance de uma pessoa escolher seu futuro essa é sera forma de combater meu medo de fracassar... retribuindo a chance que eu tive de ter meu fututo nas minhas mãos.
Lutar para mudar a realidade das pessoas e não conseguir é o meu maior medo... mas isso não me fara desistir... O mundo é grande e o meu caminho eu traço com as minhas escolhas e decisões!

"..Se eu pudesse começar de novo
a milhões de milhas daqui
eu me guardaria
e acharia um caminho.."
Hurt - Jhonny Cash

sábado, 12 de janeiro de 2008

Poesias

Bem essa postagem abaixo foi a primeira da série de poesias semanais, de minha autoria, que prometi postar
espero que gostem!

Confusa

Você me diz ser confusa
que dentro do teu ser há conflitos entre:
o ser e o estaro
ter e o poder

E eu ao ver você nessa divergência de estado
fico atônito...
ao perceber que esses conflitos
me empurram pra longe
para um lugar onde tudo é confuso e disperso

O que me mostra claro como a noite límpida
que confusa ou não
é em você que eu encontro
a minha direção...
o meu porto em noite de calmaria..

Vem traz de volta teu ser
confusa
é a minha alegria
a única que pode dissipar de vez essa agonia
que me confunde
me tira a sintonia...
que me deixa
confuso...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O que seria de nós sem o momento de jogar "conversa fora" da semana?

Hoje eu vi uma situação diferente, normalmente se junta Diego, Reginho e eu e falamos bobagens até não aguentar mais.. só que dessa vez estava uma amiga da gente Camyla, ela que ficou meio espantada com nossa capacidade de ser "criança" de novo... mas sabe não me preocupo com isso, pois é otimo alivia todo o stress eu rio até doer a mandibula! Eu tenho que ser sério o dia todo, durante toda semana, e preciso de uma valvula de escape
E nada melhor que estar com os amigos e falar o que você quiser sem medo de repreensão, e amigos de verdade só se reuném pra falar bobagem... varias vezes agente se pergunta se vai ficar velho ainda dessa maneira.. mas sabe tomara que fiquemos sempre assim porque a amizade não pode envelhecer conosco, nem nossa liberdade de agir e pensar
pois tudo no mundo envelhece mas eu acredito fielmente que nossa amizade perdurará por muito tempo! Desejo que todos tenham sempre essa liberdade e cumplicidade com seus amigos de verdade! Porque familia é quem você escolhe para você não é preciso ter laços de sangues mas somente sintonia..

Aos meus principais amigos...
Diego, Bruno Ducla, Sophia, Emilio, Carlos Jatobá, Bruna, Talyne, Mourick, Mari, Cesar, Debby, Reginho, Bruno Felipe... e todos os bons amigos que também recebem uma grande consideração de minha parte
Abraços a todos!

Valencia


 


 

    Mantendo-se a tradição de um papo de butequim, tirando-se óbvio as colocações mesoclíticas e enclíticas que porventura se encontrem aqui, as pessoas devem comentar sobre suas vidas, seus trabalhos, seus romances, amizades e algo que o valha, não só ficar criticando o bendito sistema filho dos benditos seres humanos, ó raça tão evoluída, suprema entre as terrenas. Alguém já perguntou se estamos sós no universo? Muitos já me confirmaram que sim, pois a ciência nos explica que não há planeta com condições tão aceitáveis a vida quanto nosso planeta, entretanto estamos cada vez mais curiosos com os alcances mais distantes que o Sol em busca de vida extra-terrestre. Eu, do alto de minha ignorância, trocando idéias com as árvores pergunto-as qual o motivo do ser humano ser tão egocêntrico e se achar tão perfeito que não consegue aceitar que haja vida em outros planetas? O universo é grande o suficiente para que não conheçamos nem 1% dele.

    Outro grande centro de dúvidas ainda é Deus, outro que não entendo o motivo pelo qual não acreditar. Sempre há que haver uma inteligência maior que a nossa, a que criou tudo, e não há como não ser ele, com nomes diferentes foi a ele que todas as crenças religiosas e semelhantes se remeteram. Algumas coisas não me deixam deitar tranqüilamente a cabeça sobre o travesseiro. Por que não acreditar em espíritos ou em vida alienígena, quem diabos somos nós para ter certeza de alguma coisa?

    Mas se esses são temas que não vos valha a atenção, darei meia volta e comentarei sobre romances, não seria a primeira vez. Não sou experiente nisso, quase sempre quebrei a cara, mas acredito que isso é necessário a minha evolução, até nisso tenho pensado em crescer! Quanto egocentrismo o meu, não? Mas se tem uma coisa que aprendi é que um olhar diz muito mais do que mil ou qualquer palavra pode dizer, aprendi também que não a determinismos, não a positivismo, sou totalmente contra os modelos de pessoa certa, essa com certeza é uma grande armadilha. Ou não, nunca se sabe, se dissesse que é sempre assim então estaria em desacordo comigo mesmo! Sei também que criar expectativas pode ser muitíssimo frustrante, esperar algo de alguém seria como acreditar que aquela pessoa é sempre a mesma e que vai fazer tudo exatamente como se espera que faça e então dar-se-ia a desgraça, imaginem saber o que esta por vir sempre! Que grande porcaria seria... Bem, hoje tempo aproveitar cada instante com as pessoas com que convivo me comunicando, e como já disse os olhares são muito mais expressivos que as palavras, muitas vezes estamos falando com uns, entretanto sua mente ou seus olhos estão lá, no alvo de sua mais profunda admiração, aquela que por você merece mais atenção.

    Hoje tivemos uma boa notícia que também pode ser má, tudo tem dois lados. Nosso amigo Paulista (Edson) foi aprovado numa seleção para estágio no hospital Santa Joana! Que bom hem? Além de receber um pouco mais fará muitas amigas enfermeiras!! (risos) Vai ficar especialista!

    Sim, deve ser Tim Maia, tenho escutado bastante e não há quem não fique sensibilizado após escutar algumas de suas músicas! Logo eu que já sou mole de natureza. Mas, só posso dizer que lhe admiro os olhos.


 

Post-scriptum: A quem não entendeu o título, é apenas para indicar que o tema hoje discorrido é como um vale entre as montanhas. Só agora percebo que cada objeto dessa metáfora se encaixa. O vale, sempre romântico e inspirador, sempre em menor número. As montanhas são aqueles paredões que nos cegam e é nelas que tento subir para escrever sobre assuntos do capital. Estou iniciando novas leituras, terminando outras e anuncio que teremos novidades!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Fim da vida Social

Hoje é um dia como qualquer outro, mas para mim um dia que marcara uma nova vida, não é o que previa, mas apesar de não ter bocas a alimentar... tenho que me sustentar!
Arrumei um estagio numa boa empresa e pretendo seguir carreira e me estabilizar até poder ter condições de dar a direção que eu quero a minha vida..
comunico aos leitores do blog que terei dificuldade em postar regularmente principalmente quando minhas aulas voltarem..
não terei mais vida social...hehehe
mas não vou abandoná-los e essas novas experiencias de vida serão transformadas em textos..
Obrigado a todos!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Quinze pra meia-noite


 

Às vezes me pergunto qual é o meu problema. Ontem fazendo uma reflexão forçada e já explico o porquê, percebi que são as dúvidas! Sim, sempre me disseram que é bom ser curioso, perguntar e conhecer bastante, mas é bom pra quem? Reflexão forçada porque no recesso passei a dormir ainda mais tarde e o seu fim não fez com que eu voltasse a dormir mais cedo. Nos últimos dias tenho dormido sempre após a meia noite, um ou dois passou das 2h da madrugada. Portanto, era de se esperar que a insônia viesse, e não demorou. Ontem deu 2h30 e eu não conseguia dormir e enquanto minha mente funciona, as dúvidas pairam sobre mim.

    Estou passando por uma fase bem difícil nesse momento, em que as dúvidas se opõem ao tempo disponível e o relógio não para de me incomodar. Sim, são quinze pra meia-noite e eu estou aqui, como nos outros dias, fazendo algo no computador ou lendo. Mas não é sobre isso que quero escrever hoje e sim sobre os devaneios, que não são poucos.

    Meus caros amigos e inimigos, leitores, de vocês posso tirar um esclarecimento. Uma de minhas grandes dúvidas é minha capacidade de escrever e desenvolver algo com firmeza, com um foco bem estabelecido. Normalmente o que escrevo, penso eu, dá várias voltas em vários lugares, é um pouco disperso. E não é por outro motivo que decidi criar esse blog. Já recebi elogios até de jornalistas, as más críticas são raras então as deixo ao vosso bel-prazer. Deleitem-se em criticar-me, se você está achando esse texto uma porcaria sem pé-nem-cabeça que diga agora, ou amanhã, mas o faça com firmeza, com lastro. Uma crítica que não tem argumentos cede na réplica. Quer elogiar? Seja tão bem vindo quanto os partidários da outra intenção, elogios me fazem muito bem desde que também sejam alicerçados com as palavras corretas. Prefiro ser criticado, porque cresço. Os elogios também estimulam a atividade, porém não me fornecem subsídios para melhorá-la. Peço então que os leitores façam o favor de identificar qual o autor do texto que está lendo. Considero Edson um bom escritor, por isso preciso que os leitores acompanhem as publicações de maneira paralela, não para nos comparar, eu sairia na pior, mas para avaliar a mim que estou pedindo e não ao blog ou a Edson.

    Outras são as dúvidas, mas devido ao exorbitante número de leitores, vide o rodapé desta página, prefiro que sejam tratadas pessoalmente. Uma já deixou de sê-la e tenho até medo de chamá-la uma certeza. Mas o faço com a convicção de quem refletiu bastante sobre o tema, não vou desistir de fazer administração, por mais que o curso seja sacal. Sim, é uma merda estudar contabilidade, mas o que será de meus textos sem os dados colhidos nas teorias e ferramentas da administração. Devo esse esclarecimento universitário sobremaneira a minha orientadora de iniciação científica, que além de ser uma pessoa extremamente prazerosa de se conviver, possui uma sabedoria sem limites e como diria uma outra professora, ela pôs um holofote sobre minha dúvida, clareou tanto que refletiu!

Minha dúvida atualmente é se eu tranco o curso e luto por um cargo público para a partir daí começar a fazer só o que quero ou se tento primeiro fazer o curso para depois tentar um concurso.

    Como vocês podem ver no meu perfil, eu sou, além de estudante do curso de administração da UFPE, faço pesquisa e danço. Entre essas coisas já não dá tempo pra ter muitos relacionamentos, ao menos não se eu levar as três atividades a sério, eu não consigo. Nesse caso, a graduação está na corda-bamba, pois é a coisa que menos gosto de fazer. Esse mês suspendi minhas aulas de dança de salão, preciso repensar na influência dessa atividade na minha vida, se será apenas um hobby ou será uma fonte de dinheiro. Adoraria ganhar pra dançar e por vezes pensei em abandonar a faculdade para isso, mas não o fiz por dois motivos: 1) Não agüentaria a vida de professor ou de dançarino que passa o dia dando aula e a noite tem que ir a um baile ou coisa parecida; 2) Não conseguiria me manter em pé sem criticar esse mundo tão infeliz e desgraçado em que vivemos e para isso a universidade me dá subsídios e autoridade.

    Bem, como vocês podem ver ter dúvidas não é tão confortável, mas vos digo que resolvê-las é extremamente prazeroso. Eu teria mais um 0,5Kg de dúvidas pra apresentar e metro e meio de idéias para expô-las mas já não são mais quinze pra meia-noite, pelo contrário, são meia-noite e quinze.


 

Boa noite

Diego Mello

domingo, 6 de janeiro de 2008

Informativo aos leitores

A partir dessa semana eu publicarei, uma vez por semana, minhas poesias..
pois é todos temos um lado poeta..

até a primeira publicação!

Blues do Vinho

Se você queria achar alguém para brincar
Se queria se divertir
devia ter pensado bem

Se você só estava afim de curtir a madrugada
se só queria ter a lua como amada
um copo de cerveja e mais ninguém

Não devia ter mandado flores
nem poesias romanticas apaixonadas
não devia ter lembrado das dores
antigas cicatrizes magoadas
Então diz a verdade ou me ama agora
ou me deixa partir...

Se não a mesmo nada
me deixa com essa angustia engasgada
Sangrar..
Chorar...
Sofrer..
Pra voltar a viver
Sangrar...
Sumir...
Vou-me embora daqui..

Se assim é assim que você quer viver
deixando os sonhos partidos no caminho
então va em frente

Se te faz feliz me ver mal
se é doce esse veneno morta
que você me fez beber

Não devia ter sido tão sutil
nem tocado meu coração
não devia ter sido tão gentil
a mentira não tem perdão

Então diz a verdade
ou me ama agora ou me deixa partir..
se não há mesmo nada
me deixa com essa angustia engasgada
Sangrar..
Chorar..
Sofrer..
Pra voltar a viver
Sangrar...
Sumir...
Vou-me embora daqui..


*nada como um bom blues para adoçar um fim de noite..
me desculpem mas ao contrario de Diego eu ainda estou de férias de mim mesmo, e textos sérios só quando o ano começar..

sábado, 5 de janeiro de 2008

Neo-escravidão




A título de introdução, cabe salientar que nós vivemos numa constante mudança, o mundo a vive. Ele gira, as pessoas andam, comem, bebem, interagem e tantos outros incontáveis verbos. Com os idiomas não é diferente à exceção, óbvio, das línguas consideradas mortas, nomeadamente o latim.

No caso particular dos idiomas, mas especificamente das linguagens é que quero chegar. O fato de se dar nomes novos a objetos já existentes que não mudaram em sua essência chama-se neologismo. É dele que vim falar nesse título.

Ao estudar história percebemos o quanto os nomes são importantes ao localizar eventos destacáveis da humanidade. As eras mudaram de nome de acordo com as principais descobertas que envolveram como o neolítico é a idade da nova pedra ou popularmente da pedra polida. A partir de determinado momento, onde a economia já existia mesmo que de forma primitiva, ela já mostrava sua soberania sobre a espécie humana sendo então a representação de uma idade, de um grupo de anos que se concentrou em torno de um tipo econômico. O feudalismo deve ser um dos principais exemplos. Não sei bem porque estou escrevendo tudo isso, mas quando terminar talvez faça sentido.

O fato é que o modo econômico sempre foi destaque no estudo e na representação de uma época, mesmo no tempo em que o poder era concentrado no clero. Pois bem, voltando ao neologismo. Gosto de falar dele porque ele é uma nova forma de se dizer o que já tem outro nome, o que pode porventura mascarar o antigo fato e com isso chego finalmente ao ponto. Vivemos todos os dias centenas de coisas que não entendemos, pagávamos contribuições provisórias e continuamos a pagar vários impostos. “Nossos” empregos (porque será que chamamos de nossos se não temos nenhum direito sobre ele?), “nossos” telefones(também não podemos alienar esse bem, deixa de pagar pra você ver o que é seu!), nossas cidades, casas, ruas. Nos empregos os chefes aplicam belíssimos programas de “qualidade de vida” então ficamos todos felizes. A maioria dos estagiários que conheço gosta de ser efetivados por que ai podem fazer hora extra!

Dentre essas e várias outras que já não dá pra citar gostaria de destacar uma, que por acaso criei hoje, a NEO-ESCRAVIDÃO, na verdade acho que não tem hífen, mas fica mais bonito assim. É um nome forte por terminar com “ão”. A neo-escravidão é uma coisa que o capitalismo importou na maior cara-de-pau do sistema de servidão coletiva, do modo de produção asiático ou simplesmente da antiga escravidão. Basta olhar a nossa volta, somos cercados de coisas que nos alimentam para o MERCADO. O mundo é praticamente todo feito para atender as malditas demandas do mercado. Sim, não pense que a faculdade de medicina existe porque precisamos ter saúde, mas sim porque dá dinheiro e o mercado adora isso, dar dinheiro para que se gaste mais, para que ele gire e cresça! O governo existe, sobretudo no Brasil para dar poder a quem tem dinheiro e excluir quem não tem! Onde está os direitos da CF?? Não existem porque não dão dinheiro! Quer saber pra que existe bolsas em todos os lados? Porque esses que recebem não conseguem obter renda e quem não tem renda não compra, não ajuda o mercado a crescer. O fato é que há sociedades que hoje precisam de dinheiro para ascender socialmente e felizmente esse não é o problema do Brasil. Pode-se alegar que o povo com dinheiro compra mais, então aumenta a demanda por produtos e causa ou incentiva o crescimento da indústria, não posso negar que os desempregados ganharam com o novo emprego, mas quem é que realmente ganha com isso?

Isso pra mim é a neo-escravidão, somos escravos do mercado, do dinheiro e do tempo. Vivemos pela produtividade e pelo crescimento econômico do país. Pensamos em ser empresários e lucrar muito nas costas de pobres escravos que trabalham até morrer pra ganhar muito menos do que merecem e depois ser demitido em troca de outros mais novos e mais baratos. Assim está o mundo e para que ninguém peça pinico ou fique desacreditado na vida, vai uma mensagem de um sábio educador, Paulo Freire:

“Insisto, com a força que tenho e que posso juntar na minha veemente recusa a determinismos que reduzam a nossa presença na realidade histórico-social à pura adaptação à ela”

www.desmatamentozero.ig.com.br