segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Ah, o amor


 


 

Ah, o amor, não me pergunte por que esse tema esta escolhido para o pseudo-monólogo de hoje. Digo-vos apenas que é um assunto de ordem superior, que não há fatos nem contra-fatos, teses ou antíteses que possa definir, limitar, ou simplesmente dissertar sobre o amor sem que deixe muito a desejar. Poesias, de origem nobre dentre os pares, talvez seja dos melhores meios de transmissão de tal sentimento. Eis que vos digo que o amor não existe, existe pessoas que se amam e o amor seria mais uma das crias da obsessão desta raça a qual pertencemos pela conceituação de tudo e nesse vai vem acabamos por capciosamente dissertar sobre o que não existe. Vamos ao dicionário, filho maior dessa mania e achamos definições diversas sobre esse e outros sentimentos. O que sabe um dicionário sobre os sentimentos? Sobretudo quanto aos meus?

Processo biológico, fisiológico, patológico psico-sociológico e mais um monte de bobagem, tudo derivado da sabedoria superior humana, a raça que mais evolui no planeta e que por isso vai destruí-lo, pois ele já não é suficiente, e como não bastasse vai também se destruir, pois provavelmente sofre de uma enorme ociosidade já que, em sua suprema sabedoria já não deve ter para onde crescer ou o que aprender. Repetindo o que li de algum grande personagem de algum lugar que não lembro, mas de grande importância é, o pior não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons. Isso sim é ruim, eu mesmo me abstenho incontáveis vezes de recomendar que as pessoas não repitam coisas que me incomodam como jogar lixo no chão. Os amigos levam gritos, mas não poderia proceder assim com todos, ainda que pudesse não o faria, pois não adiantaria. A rima foi horrível, desculpem não foi de propósito. Pois bem, assim que a sociedade começar a se destruir, me intocarei em um bünker a fim de fugir dessa auto-destruição. Todos aqui sabem o que devem ou não fazer para evitar e seria banal e fatigoso repetir lições de boa conduta aqui, porém é profundamente cabível pedir que os leitores, existam ou não, pois se não se manifestarem serão apenas um número naquele contador ao extremo sul daqui, que façam uma pequena reflexão a cada vez que perceber um ato danoso a sociedade e/ou ao meio ambiente simples e conjugados. O que isso tem que ver com amor, sei lá! O que é amor mesmo? Talvez seja apenas um ato para demonstrar o amor que temos a nós mesmos e aos que poderão nos suceder nessa superfície terrestre contornada de água.

Será um prazer um dia saber, encarnado ou não, que de alguma forma o impacto negativo das atitudes humanóides nessa bola anilada tenha se reduzido e que a "área verde" está crescendo. Talvez seja muito querer isso enquanto ainda estiver por aqui, mas que o sonho se realize com as nossas proles, mas que se realize. Para isso, usa-se apenas uma palavra, respeito. Respeito ao próximo e a si mesmo é o começo da solução que buscamos. Amar ao próximo como a si mesmo seria o ápice de qualquer raça e então estaríamos num nível tão superior que nem nos lembraríamos da poluição, nem dos latrocínios e dos atentados. Não haveria democracia certa que levasse a tal estado, convém apenas amar os próximos e os que vierem depois deles e assim sucessivamente.


 

"Não se perguntem por quem os sinos dobram, eles dobram por ti"

Ernest Hemingway apud Raul Seixas

Um comentário:

Rafaela Melo disse...

Que as gerações futuras tenham pelo menos 1/3 da consciência crítica que teus textos nos faz querer ter!!!!!
Amo-te, meu amigo!

www.desmatamentozero.ig.com.br