segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Fuga...

Eu estive mais uma vez pensando se estou escrevendo no lugar certo. Quando Diego resolveu fazer esse blog, creio eu, que quisesse que fosse um lugar no qual as pessoas escrevessem e lessem coisas as quais fizessem refletir e pensar em como modificar a atual situação na qual se encontra o país, por menor que seja a nossa contribuição.
Entretanto, sendo eu uma pessoa que não entende de política, talvez porque simplesmente não tenha aprendido e gostar dela e não faça esforço para tal; que também não é dada ao estudo da filosofia, talvez porque não consiga entender o que muitos filósofos querem realmente dizer e por isso classifiquei todos como complexos demais para meu entendimento, aparentemente, ínfimo e limitado; tenho escrito nesse blog sobre coisas, ou melhor, sentimentos aos quais a maioria de nós conhece perfeitamente bem (que meus professores de redação me perdoem, esse período ficou longo demais!!!!). Fiz então desse blog uma extensão do consultório da minha psicóloga. Falei sobre o amor, a amizade, a responsabilidade e o prazer no que fazemos, no fato de realizar ou não planos em nossas vidas...
Posso ser uma cidadã alienada, que não faz nada pela melhoria do país, que não procura saber o que está certo ou errado no governo, que pode colocar um mal representante no poder, uma pessoa sem cultura ou qualquer dessas coisas que as pessoas que não se interessam por política são taxadas. Mas não vou de encontro a meus sentimentos só para mostrar para pessoas que muitas vezes não conheço, uma pessoa que não sou (clichê, porém verdadeiro). Não consigo ler sobre política, confesso que me esforço, que sei que é importante, mas lembra quando você criou aquele bloqueio com matemática porque a sua professorinha obrigava você a decorar a tabuada??? Pois é, sem que ninguém me obrigasse a ler sobre política eu peguei desgosto por ela! Envergonho-me disso algumas vezes, mas nunca fingi que gostava do assunto ou me fiz de entendida só para não escutar a tão propalada frase: É por causa de pessoas como você que o Brasil está do jeito que está! Já escutei diversas vezes. E sei que muitas vezes ainda escutarei.
Mas sei também que não é preciso entender de política e ler livros de filosofia para mudar, se não realidade do Brasil, pelo menos a de algumas pessoas. Digo isso porque vi um exemplo de casal, há algum tempo, no Fantástico: Abigail e Carlos do Rosário. Eles têm 57 filhos, dos quais 54 são adotados. Para criar os filhos contam com a ajuda de algumas pessoas e empresas que doam o que puderem para manter as “crianças” da dona Abigail. E ela diz que não formou ONG ou qualquer coisa parecida, é apenas uma grande família. Para ela é um prazer cuidar de seus filhos, que são escolhidos por ninguém os escolherem. Portadores de Síndrome de Down, de HIV, adolescentes, irmão que ela não queria ver separados, são o alvo do carinho desse casal que realmente podem ser chamados de PAIS. Eles não são pessoas de grau de instrução elevado, nem de situação financeira beneficiada, mas mostraram ao mundo que para fazer a diferença basta ter uma boa intenção e muita força de vontade.
Talvez meu texto tenha ficado meio misturado, com muita coisa para ler. Talvez não diga nada com nada, mas o que importa é que da minha mente foram saindo diversas inquietações que estavam me fazendo mal. E talvez esse tenha sido, dos textos os quais escrevi, o que mais tenha ME feito refletir. A política e a filosofia podem até vir a fazer parte da minha vida alguma dia, mas por enquanto vou vivendo muito bem sem as duas.

Texto de uma pessoa que se culpa pelo Brasil estar como está: Eu!!!

Um comentário:

Diego Mello disse...

O Brasil não está assim por sua culpa, não "o seu país NÃO é tão bom quanto o voto que você botou na urna!" e se depender de você estou certo que não continua essa merda.

www.desmatamentozero.ig.com.br