terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Quinze pra meia-noite


 

Às vezes me pergunto qual é o meu problema. Ontem fazendo uma reflexão forçada e já explico o porquê, percebi que são as dúvidas! Sim, sempre me disseram que é bom ser curioso, perguntar e conhecer bastante, mas é bom pra quem? Reflexão forçada porque no recesso passei a dormir ainda mais tarde e o seu fim não fez com que eu voltasse a dormir mais cedo. Nos últimos dias tenho dormido sempre após a meia noite, um ou dois passou das 2h da madrugada. Portanto, era de se esperar que a insônia viesse, e não demorou. Ontem deu 2h30 e eu não conseguia dormir e enquanto minha mente funciona, as dúvidas pairam sobre mim.

    Estou passando por uma fase bem difícil nesse momento, em que as dúvidas se opõem ao tempo disponível e o relógio não para de me incomodar. Sim, são quinze pra meia-noite e eu estou aqui, como nos outros dias, fazendo algo no computador ou lendo. Mas não é sobre isso que quero escrever hoje e sim sobre os devaneios, que não são poucos.

    Meus caros amigos e inimigos, leitores, de vocês posso tirar um esclarecimento. Uma de minhas grandes dúvidas é minha capacidade de escrever e desenvolver algo com firmeza, com um foco bem estabelecido. Normalmente o que escrevo, penso eu, dá várias voltas em vários lugares, é um pouco disperso. E não é por outro motivo que decidi criar esse blog. Já recebi elogios até de jornalistas, as más críticas são raras então as deixo ao vosso bel-prazer. Deleitem-se em criticar-me, se você está achando esse texto uma porcaria sem pé-nem-cabeça que diga agora, ou amanhã, mas o faça com firmeza, com lastro. Uma crítica que não tem argumentos cede na réplica. Quer elogiar? Seja tão bem vindo quanto os partidários da outra intenção, elogios me fazem muito bem desde que também sejam alicerçados com as palavras corretas. Prefiro ser criticado, porque cresço. Os elogios também estimulam a atividade, porém não me fornecem subsídios para melhorá-la. Peço então que os leitores façam o favor de identificar qual o autor do texto que está lendo. Considero Edson um bom escritor, por isso preciso que os leitores acompanhem as publicações de maneira paralela, não para nos comparar, eu sairia na pior, mas para avaliar a mim que estou pedindo e não ao blog ou a Edson.

    Outras são as dúvidas, mas devido ao exorbitante número de leitores, vide o rodapé desta página, prefiro que sejam tratadas pessoalmente. Uma já deixou de sê-la e tenho até medo de chamá-la uma certeza. Mas o faço com a convicção de quem refletiu bastante sobre o tema, não vou desistir de fazer administração, por mais que o curso seja sacal. Sim, é uma merda estudar contabilidade, mas o que será de meus textos sem os dados colhidos nas teorias e ferramentas da administração. Devo esse esclarecimento universitário sobremaneira a minha orientadora de iniciação científica, que além de ser uma pessoa extremamente prazerosa de se conviver, possui uma sabedoria sem limites e como diria uma outra professora, ela pôs um holofote sobre minha dúvida, clareou tanto que refletiu!

Minha dúvida atualmente é se eu tranco o curso e luto por um cargo público para a partir daí começar a fazer só o que quero ou se tento primeiro fazer o curso para depois tentar um concurso.

    Como vocês podem ver no meu perfil, eu sou, além de estudante do curso de administração da UFPE, faço pesquisa e danço. Entre essas coisas já não dá tempo pra ter muitos relacionamentos, ao menos não se eu levar as três atividades a sério, eu não consigo. Nesse caso, a graduação está na corda-bamba, pois é a coisa que menos gosto de fazer. Esse mês suspendi minhas aulas de dança de salão, preciso repensar na influência dessa atividade na minha vida, se será apenas um hobby ou será uma fonte de dinheiro. Adoraria ganhar pra dançar e por vezes pensei em abandonar a faculdade para isso, mas não o fiz por dois motivos: 1) Não agüentaria a vida de professor ou de dançarino que passa o dia dando aula e a noite tem que ir a um baile ou coisa parecida; 2) Não conseguiria me manter em pé sem criticar esse mundo tão infeliz e desgraçado em que vivemos e para isso a universidade me dá subsídios e autoridade.

    Bem, como vocês podem ver ter dúvidas não é tão confortável, mas vos digo que resolvê-las é extremamente prazeroso. Eu teria mais um 0,5Kg de dúvidas pra apresentar e metro e meio de idéias para expô-las mas já não são mais quinze pra meia-noite, pelo contrário, são meia-noite e quinze.


 

Boa noite

Diego Mello

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