segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Esse ano... (retrospectiva de duas coisas apenas)

Esse ano foi bem intenso, a faculdade ocupou praticamente todo o meu dia diretamente e a noite indiretamente. Fiz muitas amizades, algumas perduram, outras nem por uma semana...

Se alguém me pergunta o que eu tive de bom esse ano, me lembro de apenas duas coisas. A primeira foi ter começado a fazer dança de salão, uma atividade sem preço. Posso dizer que isso mudou minha vida para melhor, e muito. Fiz muitas amizades, sai e me diverti várias vezes, foi realmente inesquecível. Dois momentos foram destaques nessa atividade, as apresentações do grupo dança que faço parte no Teatro Guararapes e no Teatro do Parque no início de dezembro. Antes de entrar pra dançar jamais me imaginei atuando no palco de um grande teatro. Bem, fora a platéia presente elogiando e aplaudindo nossa apresentação, já foram vários os elogios de pessoas que nos assistiram na internet.

Mas se alguém me perguntar o que foi mais intenso pra mim sem dúvida foi a paixão. Ao contrário de meu amigo Edson, sou réu confesso desse ato. Cometi e foi ótimo. Me a-p-a-i-x-o-n-e-i e o faria de novo se oportunidade houvesse. O alvo de meu sentimento foi e continua sendo uma pessoa muito especial na minha vida, sim ela me causou certo sofrimento, não posso negá-lo também. Mas a felicidade foi incomparavelmente maior. Nunca havia me sentido assim, pensar que uma pessoa pode me completar e que apenas ela me faria feliz. Várias foram as amizades que fiz, já conheci muitas meninas, me interessei por algumas, fiquei com poucas mas apenas uma me fez sentir completo, assim como a luz e a escuridão completam o dia. Talvez eu nunca entenda porque não deu certo, mas a esperança, ah a esperança... essa nunca morre, não gosto de extremismos e o tempo que se passou foi curto, mas continuo convicto de que se tem uma pessoa com que eu me dei bem, que tive afinidade foi ela.

Muito poderia eu falar (plagiando o mestre Iôda), mas isso aqui não é um livro de romance, é apenas um blog. Também não tenho o direito de expor a vida da outra pessoa aqui como se abre um capô e mostra as peças. Cada parágrafo pra uma coisa, esses foram os destaques desse ano em minha vida. Todo o resto foi complemento. Se possível for, lutarei para que sejam também dos próximos...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Afinal, o que estamos fazendo vivos?

Mas uma vez o ano acabou e é com a esperança de que as coisas podem melhorar que eu continuo minha vida. Muitos podem até contrapor-me dizendo que não tenho do que reclamar, que sou hipócrita ou coisa assim, posso até estar sendo e isso pode me fazer sofrer. Algumas vezes me pergunto, o que eu quero da vida? Ou como ouvi uma amiga se perguntar “o que eu estou fazendo viva?” Essa tem sido a resposta que mais me tem dado dor de cabeça, afinal, a que vivemos?

E é com um imenso prazer que vos digo que encontrei a resposta! A tão preciosa resposta está bem aqui na minha cabeça pronta para ser digitada, vos digo também que já sabeis a resposta, pois cada um de nós nasce com um propósito especial mas todos tem algo em comum, que seja no mínimo o planeta e a espécie humana. Bem caros leitores, a resposta é que nós viemos ao mundo para fazer o que achamos que deve ser feito e para fazer o que sempre fazemos a nossas coisas, fazer com que elas tornem melhores para nós e para os outros. Fazemos isso sempre sem nos darmos conta, a maioria de nós procura manter a casa limpa e organizada a fim de manter a higiene e o bem-estar. Cultivamos nossos jardins para que nos dêem o prazer de sua aparência e seus odores, para que os outros vejam o quanto me importo com o meu lar. Por isso nós botamos nossos filhos na escola, para que consigam também sua felicidade e autonomia. E arrisco dizer que é a isso que viemos, é para tornar esse mundo melhor.

Podem chamar-me hipócrita por nunca ter feito nenhum trabalho voluntário, nem dedicar meu tempo a alguma causa nobre que me faça dispensar grandes esforços, não me importo com minha imagem, quero apenas que confiem no nexo dessas palavras que agora escrevo, e na intensidade do sentimento que tento transmitir. Quero apenas mostrar que não viemos ao mundo para mostrar o quanto somos ricos e poderosos, essas são características extremamente egoístas. Não estamos aqui para exalar beleza, entretanto devemos cultivar em nós a elegância, aquela que expressada ao demonstrar respeito ao próximo, aquela que nada tem a ver com etiqueta. Dane-se as etiquetas. Como podemos ter vários pares de talheres e copos de diversos tipos apenas para uma pessoa demonstrar seus falsos dotes de elegância enquanto temos irmãos que se alimentam de nossos restos como os animais mais selvagens? Até uma esponja (que o diga o BOB) saberia dar mais valor aos seus pares do que essa infeliz espécie a qual pertencemos.

Costumo dizer que estou em crise e entendo isso danoso no momento em que tenho que traçar objetivos e apresentar resultados. Porém posso ver isso como uma consequência do meu profundo inacabamento e como um processo que tende a me fazer refletir e consequentemente construir opiniões mais elaboradas e firmes.

Seria muito comodo desejar feliz ano novo, mas isso todo mundo faz e portanto é passível de ser objeto de repetição, sem envolver reflexões, ou a própria vontade. Diz-se da boca pra fora como tantos “eu te amo” que pode-se ver.

Pode-se dizer que meu coração e minha mente são dois profundos e confusos poços, cheios de uma coisa que não se sabe o que é, mas que está em constante construção, sem mudanças abrutas, mas com certa instabilidade devidas as coisas apreendidas e adotadas.

Por vezes temo estar predestinado a viver na solidão, sim caros leitores, não é piada, isso é um medo que sinto há tempos e que talvez eu mesmo está criando está realidade ao aceitar essa premissa por verdadeira. Mas acredito que se esse for o meu destino, terei que enfrentar pois atrás dele terá um grande argumento. Inúmeras vezes caí em si, fazendo o que não queria, ou o que com certeza não me dava prazer, fazendo apenas porque de certa forma a sociedade me informou e aquilo seria a melhor coisa a se fazer. Isso engloba algumas festas, alguns relacionamentos e outros acontecimentos que foram necessários ao meu aprendizado.

Hoje, apesar de ser tão humano quanto qualquer um de vós, procuro não cair em tentações indevidas, em não fazer algo apenas pela carne, apesar de que fazê-lo em certos momentos nos causa um tremendo alívio. Não me refiro apenas ao sexo, há centenas de coisas que nos desopilam como jogar conversa fora e rir, como jogar futebol num domingo pela manhã ou como cantar um brega desses sem pé nem cabeça. Algumas dessas de uma nobreza tal que no alto de um pedestal, os falsos intelectuais não conseguem ver.

Com a chegada do novo ano, quero renovar minhas idéias, inovar em meus conceitos, esquecer as mágoas, esquecer também os magoadores. Resgatar meu valor.


Bem amigos, vejo que bato recordes a cada publicação, espero que aos poucos se aventuram em ter chegado até aqui que reflitam sobre suas vidas e que tenham um ótimo 2008.


São os mais sinceros votos da equipe do Papo de Butequim.


segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Sou Visto Logo Existo (Que Descartes Me perdoe a parafrase)

Quando Orwell escreveu 1894, tínhamos quem olhasse por nós. A guerra fria disputava cada centímetro da terra para sua visão de mundo, éramos como filhos de pais separados que discutem para ver quem manda mais. Ele previu que a continuação do totalitarismo sob a forma tecnológica do olho que tudo vê: “o grande irmão”. Antes era Deus, para Orwell era uma televisão. Hoje estamos sós.

Hoje somos muitos visados, porém só na condição de consumidores universais. Interessada no bolso e não na alma, a propaganda seduz, mas não julga. Em última instância, ninguém, seja divindade, potência ou multinacional, parece interessar-se pelo destino de cada um. Foi aí que começamos a instalar câmeras que transmitem via internet (estrangeirismos...) imagens toscas de lares e pessoas chatas. Blogs, ou seja, diários on-line (argh!), oferecem notícias pueris. Reality shows (mas que droga! Até quando vamos adaptar palavras estrangeiras em nossa língua?) criam situações e lugares que podem ser acompanhados ao vivo pela televisão.

De tanto em tanto, surgem preocupações com a invasão na privacidade de telefones e correspondência, supondo que a intimidade de cada um seria objeto de espionagem, seja comercial, seja política. Por que somos tão ciosos de uma intimidade que temos compulsão de expor, compartilhar e profanar?

Não dispondo de grandes transcendências, cabe aproveitar a temporada sobre a terra, porque a continuação é incerta. Hoje precisamos ser apreciados individualmente e dentro do prazo de validade. É preciso ser visto par ser lembrado, existir. George Orwell deve estar se revirando em seu túmulo ao perceber que a personagem de sua obra virou sinônimo de entretenimento de gosto duvidoso.

Sem fé nem esperança, restou o cotidiano. É uma pena que estejamos reduzidos a um registro tão infantil, interessados de maneira tão destemperada em assuntos tão domésticos. O big brother (quanta ignorância!), assim como seus similares, são uma big mother (ih! Força do vício), a única a quem importa a higiene, a alimentação e as banalidades de cada um.Nem a visão apocalíptica de Orwell supôs que iniciaríamos um milênio tão desamparados e carentes.

Emílio Eduardo Morais de Moura

* Excelente texto de um grande amigo meu Emilio!

domingo, 23 de dezembro de 2007

Então é natal..

Pois é mais um ano se passou.. todos nós tivemos a nitida impressão de que o ano passou mais rapido, que foi num instante, que nem deu pra curar a ressaca do carnaval direito e ele ja ta ai na porta de novo!Mas muito pelo contrario o ano não foi rapido ele teve o mesmo tamanho que de todos os outros 2007 anos o que nos faz ter a impressão de que ele voa é que nós nos tornamos ESCRAVOS DO TEMPO!

Por muito tempo o homem condicionou sua vida ao ciclo solar do nascer ao por do sol.. mas agora somos refens do bendito relógio..Vamos dar um basta nisso!

Propor para nós mesmo no ano que vem nos tornamos senhor do nosso proprio tempo e destino, de modo que venhamos a levar uma vida melhor e mais sadia!

Por que como eu digo aperreio pouco é bobagem.. e só problema de saúde merece minha preocupação!

Então feliz natal e ano novo e um bom futuro!

sábado, 22 de dezembro de 2007

Quem ou o que somos nós?


Para os já viram o filme-”documentário” Quem somos nós? Não é sobre ele que pretendo escrever. Na verdade, nem sei ainda sobre o que estou escrevendo, deixo apenas que meus dedos deslizem entre as teclas deste teclado. Mas ao escrever o título já imaginava algo, sobretudo a cerca do que estamos fazendo vivos. Para essa resposta a pergunta é bem solicita, porém é uma resposta que não encontrarei e temo que alguém o faça, ai sim a desgraça se daria. Por isso apenas escrevo alguns pensamentos, e aos desavisados adianto que não me interesso realmente que continuem a ler, escrevo apenas para expressar algumas de minhas angústias, ou outros sentimentos menos desconfortáveis.

Em tempos recentes tenho realmente me preocupado com o que vim fazer aqui, não tenho a pretensão de querer saber porque nasci aqui nesse lugar, com essa família, mas sim qual a importância de estarmos vivos! E uma reflexão imediata é a de que aquele que vive em busca de seu sucesso e não faz o que pode para mudar alguma realidade para melhor, viveu na mediocridade. Quase em uníssono, tenho ouvido que preciso arrumar um emprego, fazer um concurso, estudar para ser um melhor profissional e quase como um reflexo involuntário me vem o pensamento de que tudo o que fazemos parece servir apenas para atender as demandas do mercado. Sim, é nele que pensamos enquanto estudamos, fazemos nossos cursos. É nele que pensamos ao colocarmos nossos filhos nas boas escolas, (leia-se caras escolas, é assim que entendemos). Nós formamos sobretudo pessoas que alimentem as expectativas sem pé nem cabeça que a sociedade impõe.

Expectativas que já foram impostas a sociedade pelas organizações que estão no poder durante toda a história. Há tempos atrás não podíamos ler, negros não tinham alma, mulheres não estudavam, cientistas eram bruxos, tudo isso foi apenas mais uma forma de aceitar o que uma das organizações mais poderosas da humanidade que já existiu. Trazendo essa argumentação ao nosso tempo, podemos aplicar o que se foi da Igreja por direito(imposto), as grandes organizações e as mazelas do capitalismo. Hoje nos vestimos como a sociedade deseja, com a roupa que querem vender e o fazem por meio de desfiles de moda, que levam primeiro as roupas aos nobres-de-bolso e depois as lojas e em seguida as feiras. Pensamos e respiramos como deseja o mercado, se hoje temos a TV e o celular como necessários é porque a ditadura do dinheiro que se mundializou nos últimos tempos assim nos impôs. É possível viver sem eles? Sim, óbvio que sim, milhares de centenas de pessoas vivem sem alimentos, roupas, sandálias, casa etc.?

Para que esse texto não vire um livro, pelo menos não agora, deixo uma pergunta que ouvi no Globo Repórter desta última sexta-feira(21/12/07): “Porque nós temos o direito de ter comida, casa e tantas outras coisas enquanto várias pessoas não têm?”

Quem ou o que somos nós?


Para os já viram o filme-”documentário” Quem somos nós? Não é sobre ele que pretendo escrever. Na verdade, nem sei ainda sobre o que estou escrevendo, deixo apenas que meus dedos deslizem entre as teclas deste teclado. Mas ao escrever o título já imaginava algo, sobretudo a cerca do que estamos fazendo vivos. Para essa resposta a pergunta é bem solicita, porém é uma resposta que não encontrarei e temo que alguém o faça, ai sim a desgraça se daria. Por isso apenas escrevo alguns pensamentos, e aos desavisados adianto que não me interesso realmente que continuem a ler, escrevo apenas para expressar algumas de minhas angústias, ou outros sentimentos menos desconfortáveis.

Em tempos recentes tenho realmente me preocupado com o que vim fazer aqui, não tenho a pretensão de querer saber porque nasci aqui nesse lugar, com essa família, mas sim qual a importância de estarmos vivos! E uma reflexão imediata é a de que aquele que vive em busca de seu sucesso e não faz o que pode para mudar alguma realidade para melhor, viveu na mediocridade. Quase em uníssono, tenho ouvido que preciso arrumar um emprego, fazer um concurso, estudar para ser um melhor profissional e quase como um reflexo involuntário me vem o pensamento de que tudo o que fazemos parece servir apenas para atender as demandas do mercado. Sim, é nele que pensamos enquanto estudamos, fazemos nossos cursos. É nele que pensamos ao colocarmos nossos filhos nas boas escolas, (leia-se caras escolas, é assim que entendemos). Nós formamos sobretudo pessoas que alimentem as expectativas sem pé nem cabeça que a sociedade impõe.

Expectativas que já foram impostas a sociedade pelas organizações que estão no poder durante toda a história. Há tempos atrás não podíamos ler, negros não tinham alma, mulheres não estudavam, cientistas eram bruxos, tudo isso foi apenas mais uma forma de aceitar o que uma das organizações mais poderosas da humanidade que já existiu. Trazendo essa argumentação ao nosso tempo, podemos aplicar o que se foi da Igreja por direito(imposto), as grandes organizações e as mazelas do capitalismo. Hoje nos vestimos como a sociedade deseja, com a roupa que querem vender e o fazem por meio de desfiles de moda, que levam primeiro as roupas aos nobres-de-bolso e depois as lojas e em seguida as feiras. Pensamos e respiramos como deseja o mercado, se hoje temos a TV e o celular como necessários é porque a ditadura do dinheiro que se mundializou nos últimos tempos assim nos impôs. É possível viver sem eles? Sim, óbvio que sim, milhares de centenas de pessoas vivem sem alimentos, roupas, sandálias, casa etc.?

Para que esse texto não vire um livro, pelo menos não agora, deixo uma pergunta que ouvi no Globo Repórter desta última sexta-feira(21/12/07): “Porque nós temos o direito de ter comida, casa e tantas outras coisas enquanto várias pessoas não têm?”

domingo, 16 de dezembro de 2007



Essa imagem causa algum desconforto em vocês? E se fosse: "pago, logo existo"?

Realmente é triste...

... ver como as pessoas se comportam, como adoram comprar, como ficam loucas ao entrar num shopping center. Bastou passar alguns instantes percebendo as pessoas num desses nefastos locais e todos, da minha mãe a moça do caixa, todos se tornam peças do mercado. Presenciei uma moça de aparencia inocente e doce dar como primeira forma de pagamento a mais custosa a um comprador tímido que mal abria a boca pra falar. Ao ser questionada, ela respondeu como se fosse a própria loja, misturando os conceitos de personalidade jurídica e física. Sim, ela defendeu "sua" loja como se fora sua mãe, com unhas e dentes. Foi mais uma cena triste do efeito capitalista sobre as relações pessoais. Noutro estabelecimento, o vendedor também tentou empurrar a decisão mais custosa, só que foi pra cima de meu primo; eu não posso deixar de notar esses atos. Então disse em alto e bom som ao meu primo: "Deixa de ser besta, ele quer é vender mais!" e mesmo assim ele não me escutou, apenas ouviu. Foi uma daquelas promoções, compre a partir de R$ XX,XX e leve um LINDO celular (quer algo mais inútil que um celular lindo?) mas ele esqueceu de lembrar-nos que era no plano controle, onde se paga uma taxa mensalmente.

A desgraça está feita, quem quiser ver que veja, quem não, pode ir comer carniça com as hienas e ficar achando graça!

sábado, 15 de dezembro de 2007

Responsabilidade sócio-ambiental

No período passado um certo professor costumava repetir na sala que o curso de administração era simplesmente modista. De que tudo que estudamos não é nada mais que a moda atual e que essa, em breve, será outra e o que nós estamos estudando cairá pelo cano. Lembro-me bem que a época custei a acreditar mas com um pouco mais de observação não há motivos para discordar. Eu até complementaria, é moda publicitada. Toda organização tem seu formato, tem suas normas, objetivos, valores e missão. A missão da TV Globo por exemplo, alienar o povo e dominar o mundo. Mas no papel tudo é diferente, é agir com rigorosidade científica no jornalismo e fazer o impossível para levar a verdade ao telespectador. A moda, é o que tá no papel. Aos que passam pela avenida recife, devem conhecer o shopping outlet e um fato que tem me intrigado bastante é a existência de três placas publicitárias do shopping onde pode-se ler, aos imbécis, digam que atuo com responsabilidade ambiental preservando a natureza. Digo pode-se ler porque uma pequena reflexão pode mostrar isso, mas se você acabou de ver aquela novela ou de ter lido aquela matéria na Veja, sinto muito, você não conseguirá ler isso. Aos que costumam chegar em casa, tomar um banho e ligar a TV na globo, está escrito: “Área verde adotada”. Infere-se daí que a equipe de publicidade do shopping considera quem passa por ali, abilolado o suficiente para acreditar que um canteirozinho, daqueles que divide a avenida, com grama! Isso mesmo, a espécie predominante na preocupação dos responsáveis sócio-ambientais deve ser grama, porquê é só o que tem lá, além de uma ou duas árvores secas. Fico me perguntando como uma empresa pode ser tão cara-de-pau a esse ponto! Um dia ainda tenho um infarte com essas atitudes, já passa da meia noite, acho que vou ver qualquer coisa na tv... quem sabe não esqueço dessas coisas!

O Amor nos tempos do Coléra

Acabei de saber que um dos meus livros favoritos ( O Amor nos tempos do Colera) do meu autor favorito (Gabriel Garcia Marquez) virou filme com Fernanda Montenegro, no elenco, e com estréia prevista para o dia 25... dia 26 estarei la no cinema conferindo uma historia de amor e nada mais..
Quem não teve oportunidade de ler Marquez leia! vale a pena..
Comece logo com Cem Anos De Solidão (Particularmente meu livro favorito e que me despertou para a leitura) um livro atemporal, começa com o Coronel Aureliano Buendia no dia do seu fuzilamento lembrando de quando era criança, ai recomeça a lembrar até chegar no mesmo fuzilamento que é no meio do livro.. é excepcional!
Leitura faz bem e é melhor que ficar no Orkut (nada contra o site, eu mesmo perco um bom tempo la..heehhe)
mas ler é muito bom! Estou lendo 1984 - George Orwel que também é muito bom e tenho mais tres engatilhados para as ferias..

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A vida como ela é

Um filme me fez pensar nesses dias..
eu estava mais uma vez acordado nessas madrugadas da vida (basta ter alguma folga que me livre de acordar cedo do trabalho que eu ja troco o dia pela noite..hehehe) pois bem la estava eu acordado quando começa o corujão quando ia me propondo a desligar a tv eis que começa o filme com Denzel Washington dando uma declaração ai titulo do filme "loreta claiborne" esse filme sobre essa mulher é baseado em fatos reais e mostra a trajetoria dessa mulher que tem paralisia cerebral e não falava nem andava até os cinco anos de idade e que se tornou maratonista e medalhista e mostra como é importante o trabalho de pessoas que acreditam que os deficientes podem ter uma vida saudavel e comum... uma frase que ela disse no filme foi a seguinte: "Pau e pedra podem me machucar, mas palavras não" porque o que ela mais ouvia no tempo de escola eram que ela retardada e não podia isso nem aquilo...e ela provou ser capaz no fim das contas.
O que eu quero mostrar e que nós que somos "perfeitos" em saúde ficamos reclamando da vida porque não temos um corpo escultural, ou não temos um carro do ano, ou não fomos a inauguração daquela boate que todos foram e futilidades afins..
A vida é mais que isso. Só o fato de sermos "normais" ja é um motivo para ser feliz, de poder fazer o que quiser sem depender de ninguem para nos levar, de ter nossa mente e corpo são.
Vamos viver e sermos nós mesmo! felizes só pelo fato de acordar todo dia vivo!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Seção tema do leitor

Como estréia dessa seção, temos o tema sugerido por Luciane Chagas.
Primeiro preciso deixar claro, sugeri que ela escrevesse pois um post deve vir
de dentro, deve sair naturalmente. Como não foi eu quem pensou no tema terei
um pouco mais de dificuldade para escrever sobre ele.

O tema é: ♪ ENTÃO É NATAL, E O QUE VOCÊ FEZ???......AINDA NÃO COMPROU O PRESENTE???!!♪

É realmente instigante essa temática a medida que critico sempre a forma como o capitalismo está aplicado e como as pessoas estão possuidas por essa ideologia.
Vem se aproximando o natal e frequentemente dou de frente com alguém se surpreendendo com a rapidez do tempo! Sim, muitos de nós nem damos importância a essa data, nem colocamos enfeites, arvores nem luzinhas coloridas e piscantes com musiquinhas bem tradicionais. Talvez eu esteja entre essas pessoas, entre essas que só perceberam que o natal está próximo porque meu pai se lembrou de montar a arvore e colocar enfeites. Durante o dia eu raramente vejo o céu ao olhar para cima, e isso me deixa um pouco triste.
Mas esse não é o foco, na verdade a intenção é perguntar ATÉ QUE PONTO o "sistema" transformou o natal numa mera festa de comprar e dar presentes, quanto mais caro melhor!
Sim porque ouvimos frequentemente, quem ama... dá presente! O que é chocante porque de fato dá presente quem tem dinheiro. Na verdade, ao se analisar o verbo, quem ama dá amor. Dar amor é inerente a amar, vou mais além, acredito que quem ama, compartilha amor.
Gramaticalmente, quem ama, ama alguém e não algo, nem algo ganhado de alguém. Infelizmente fomos levados a entender que presentear é a representação de um bem-querer, quando pode ser meramente um agradecimento, ou um infeliz interesse material no presenteado. Todos os dias percebemos centenas de pessoas fazendo comprar no shopping para dar um presente, quando na verdade do que realmente precisamos é de amor, paz, dedicação, solidariedade!
Uma questão que daria uma pesquisa ou duas é, primeiro: o programa de Natal dos Correios é realmente de boa intenção ou apenas um golpe marketeiro do sistema? segundo: Dar um presente através de uma carta de papai noel é realmente a melhor coisa a ser feita? Quais as possíveis consequencias isso pode gerar?
Sim, porque se fomos ver rapidamente parece uma atitude muito bonita, mas ao refletir podem aparecer várias consequencias desagradáveis, ou menos, pode ser que com o dinheiro gasto no presente, possamos fazer algo muito mais importante pra a criança e sua família. Será que numa família carente, se apenas uma criança ganha presente, isso a fara melhor? E se não houver comida na mesa? Se não houver mesa? A questão é muito mais profunda. Não tenho argumentos para contrariar quem utiliza esse programa, eu próprio já pensei em usá-lo, mas penso que temos 365 dias num ano, e usamos apenas um pedacinho do nosso dia para pegar a carta numa agência dos correios, sair e voltar com o presente. Acho que o verdadeiro ato de solidariedade se daria ao longo do ano, onde não há estímulo para que se faça esse tipo de coisas, no qual você realmente tem que abdicar de outros prazeres ou mesmo arriscar algumas coisas para se emprestar durante um tempo maior àqueles que precisam.
Não há dúvidas que algumas crianças ficaram muito felizes ao receberem presentes, e que poderão a partir dali, ter mais fé em uma vida melhor, na qual as pessoas podem ser boas. A partir desse ponto, a situação realmente é boa. Porém essa esperança vai se extinguir quando ela perceber que Papai Noel nunca encheu a barriga dela, mas deu um brinquedo, será que Papai Noel não sabe que ela tem fome? que barriga seca não dá sono?
Voltando um pouco ao foco do tema proposto, ganhar presente é muito bom, mas dar é infinitamente melhor. Mas não só os presentes materiais, esses que se compra em lojas e que qualquer um que tenha roubado um aposentado ou desviado verba de algum lugar possa comprar, assim como aquele que se esforça na labuta durante o ano para comprar um presentinho melhor pra sua família porque o mercado o mostrou que para amar tem que ter dinheiro e dar presentes caros!
Para concluir diria que natal é tempo de troca, troca de experiencias, de bons sentimentos, de boas idéias. Natal é tempo de presentear, aos amigos que não vemos há tempos com uma boa conversa, a pessoas carentes com um pouco de atenção, sim atenção. O homem já foi economicos mas nunca foi alimenticius. Nem só de pão vive o homem! Presente de verdade é aquele que precisa de esforço e de um custo de oportunidade alto! Aquele que envolve grandes riscos!
Me desculpo pelo prolongamento exagerado na redação, não consegui ser mais conciso que isso. E aos que se esforçaram para chegar ao fim deste texto, desejo um feliz natal repleto de tudo aquilo que Jesus Cristo pregou que deveria ser realmente o espírito do natal! Amor a todos, perdão pra tudo! Todo o resto é consequência.


segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

"o de cima sobe e o de baixo desce!"
só pra variar, hoje li no onibus que há um decreto-lei que impede o comercio ambulante e outras atividades dentro do onibus, essa norma é de 1991 mas agora a EMTu resolveu torná-la evidente. Percebo que quem tem pouco tem cada vez menos chance de sair dessa situação porque o comercio ambulante deve prejudicar cruelmente a pobre empresa de transporte metropolitano. É uma pena.

Dica Cultural

Esta em cartaz nos cinemas (não sei até quando) uma co-produção
Brasil/Argentina "O Passado" do diretor Hector Babenco com os atores Gael García Bernal (Diarios de Motocicleta) e Paulo Autran.
Vale a pena conferir esse filme

Fanfarronices

Hoje, dia 10/12/2007, tomei conhecimento de um acontecimento trágico de uma
figura querida da sociedade. O admiradíssimo ex-tesoureiro do PT caiu do cavalo,
literalmente vindo a fraturar uma de suas pernas. Imagino que sua situação esteja
bem difícil porque para ser atendido ele deve ter sofrido ao menos uma hora, já que
estava a cavalgar em sua fazenda que custou cerca de 6 MILHÕES (R$ 6.000.000,00)
e que deve ser bem grandinha. A não ser que tenha ido ao hospital de helicóptero!
(fonte: Prof. Tarcísio)
Outra fanfarronice cometeu o Vereador João Arraes que em sua sublime função e com
total respeito aos eleitores decidiu propor a comissão de Educação, Cultura, Turismo e Esportes
da Câmara dos Vereadores do Recife instituir o dia do Rubro-Negro. Sim, realmente é uma
proposta de alta relevância e eu espero que, a todo custo, seja votada. Sem ela, os coitados dos
rubro-negros não terão dia algum para comemorar!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Expectadorismo

A cada dia me convenço mais disso. Brasileiro nasceu pra assistir TV! Suponho até que esse papo de interatividade que está vindo com a TV digital não dê certo, nós só queremos nos mecher pra mudar de canal, aumentar o volume, tirar do sbt, colocar na globo e vice-versa. Foi assim que nos fizeram. É assim que devemos ser! Pra que tentar mudar as coisas se nunca conseguiremos, se eu não jogar lixo no chão outros jogarão, então que seja eu!
Parece que a sociedade está cada vez mais fácil de manipular, acredito que seja a face ruim dessa facilidade da mídia transmitir informações para um grande público.
Hoje somos acostumados a chegar do dia alienante do trabalho e irmos assistir as novelas babacóides da globo ou as pérolas mexicanas com nossa família. Nem ao menos sabemos o que se passa na vida deles. Mesmo estando todos reunidos, não se troca uma palavra que não seja sobre a novela e só no intervalo para não atrapalhar os atentos tele-espectadores, ou seria expectadores.
Se vossa passividade não impedir, vocês podem entender essa diferença consultando um dicionário. Por hoje é só, acho que vou ver uma novelinha...

O que ser nos dias de hoje?

Ao contrario do que se pensa a vida é mais
do que os valores que a sociedade nos passa
e esse pensamento é bem representado nessa frase:

"eu que ja não quero mais ser um vencedor, cruzo as mãos ao meu redor
faço o melhor que sou capaz só para viver em paz"

Los Hermanos - O vencedor

O que eu quero mostrar é que não devemos ser o que
dizem que devemos ser..
nós temos que ser o que nós quisermos
quem deve trilhar e escolher o caminho somos nós proprios!

não é pedir demais um pouco de individualidade nesse mundo tão massacrado e massificado onde quem é diferente sofre com a discriminação

Vamos honrar a palavra "Individuo" - indivisivel por um!

Contradições?

O ser humano não se cansa de impressionar o próximo e na sua incansável batalha
se apresenta como o mais bem-educado e mal-educado que existe, se é que há
outros seres educados!
A noite de ontem fui surpreendido pois depois de nos fornecer, a mim e a uns amigos,
indicações de como chegar ao teatro do parque, o taxista parou ao sinal vermelho,
desceu do carro e nos explicou direitinho o caminho! Ele foi ovacionado por nós!
Nunca imaginei que alguém pudesse ser tão atencioso a esse ponto.
Mas tendo que justificar o título, presenciei e presencio com muito mais frequência,
o lado sujo da moeda, aquele que fica o grude. Em pleno Shopping Guararapes, na
frente do vigilante, um sr. utiliza a calçada para passar com sua moto! e não é só isso,
se você esperar mais um pouco vai perceber que além de mim havia outras pessoas
na calçada e que ele quase bateu em nós!
Outro dia me surpreendi também na calçada, quase caí e me machuquei ao passar
bem perto de um morador de rua... eu não o vi, ele estava enrolado quase que totalmente
num pano cor-de-calçada! Esse cobertor deve ter sido fabricado pra isso, para que
nós não nos incomodemos com a presença desses pobres diabos. É nesses dias
que me pergunto, a civilização já chegou aqui?

Primeira Rodada

Fiiiiiiiiiiuíii, traz a primeira rodada!

www.desmatamentozero.ig.com.br