domingo, 9 de março de 2008

NECESSIDADES



De que adianta a vida se não fizermos a nossa vontade? Será que viver bem é ter sustentabilidade financeira? Como anda a sua qualidade de vida? Você gosta do seu trabalho ou ele apenas te sustenta? Você tem um trabalho?

Essas e outras questões podem nos trazer reflexões extremamente profundas e que deveriam estar nos livros de real auto-ajuda. Essas foram apenas as que me vieram à mente ao escrever, mas você certamente terá tantas outras que poderá fazer a si ou a outrem, ou até compartilhá-las conosco! O tema foi escolhido pois é extremamente constante na vida do ser humano, e fortemente na dos brasileiros. A pouco presenciei um relato de uma mulher que foi psicóloga por sete longos e sofridos anos. Juntando-os aos quatro de formação acadêmica, suponho, foram onze anos fazendo algo que não trazia a maior das necessidades da pirâmide de Maslow, a auto-realização.
Nas primeiras interpretações, sua teoria foi considerada da seguinte maneira, primeiro são saciadas as necessidades mais simples, a base da hierarquia, a higiene, fome e sede, depois as necessidades de reconhecimento etc. até chegar ao ápice, a gloriosa auto-realização. Dessa forma, não se poderia alcançar os níveis superiores se os inferiores não fossem saciados. As necessidades então obedeciam a uma hierarquia rigorosa. Uma segunda ou terceira interpretação de Maslow já aceitava que as necessidades eram independentes, apesar de serem mais ou menos importantes, se poderia chegar a qualquer nível independentemente dos outros.
Fazendo o que nos dá dinheiro, saciamos as necessidades de reconhecimento ou as básicas, tais como higiene, fome e sede. Minha atual orientadora costuma dizer que o homem é um ser gregário, ou seja, precisa ser aceito e reconhecido pelos outros, seja pelas roupas que usa, pelo que assiste na televisão ou mesmo por sua linha filosófica. Alguns tentam negar, normalmente na adolescência, querem ser diferentes. Tenho dito que toda atividade feita por si própria, acaba sem fundamento, vira um radicalismo vazio. Ninguém ama só por amar, ama porque precisa aceitar e ser aceito, valorizar e ser valorizado. O amor não foi uma boa escolha, pode causar controvérsias e oposições por vossa parte. Tomando o "ser diferente" como objeto, percebe-se que aquele que quer ser diferente só por sê-lo acaba por se desviar do real motivo que é ser diferente, se destacar. Na verdade aquele que se diz e se apresenta diferente nada mais quer do que ser ou parecer melhor, se destacar entre os meros mortais que não seguem a mesma cultura ou filosofia que eu.
Voltando às questões e a Maslow, todo mundo diz que dinheiro não é tudo na vida e que não faz questão de muito luxo, mas não vende sua Pajero™ por nada desse mundo. E você? Largaria tudo o que conquistou com muito suor para fazer o que gosta? Abandonaria seu curso de técnico industrial ou engenheiro civil para fazer aquele curso de culinária ou de costura que ninguém deu valor? Se sua resposta for sim, parabéns. Você não foi hipócrita consigo e encarou os fatos. Se não, pense seriamente em fazê-lo. Você ainda faz parte dos 99% que jamais largaria o curso de Medicina tão sonhado pela família para fazer um de artes plásticas que realmente te dá prazer. Vai fazer o que os outros dizem que é bom? Dançou, dançou não porque isso é bom, se lascou. Deus dá o frio conforme o cobertor. Se você tem realmente uma habilidade ou talento, ou mesmo um sonho, nunca o abandone. Vivemos dizendo: "mês que vem vou ter tempo, aí eu faço aquilo que quero há tempos", então? Vai deixar pra amanhã o que se pode ou até só pode ser feito hoje? A vida é curta meu camarada, se você parar, perde o trem e não há dinheiro no mundo que possa trazer o tempo passado. Se o dinheiro é mais importante pra você, lembre-se que ele é conseqüência da maioria dos trabalhos bem-feitos. Ter um bom relacionamento com a família e com os mais próximos é fundamental nas tomadas de decisões.


Que suas vidas sejam repletas de realizações e que nunca percam a esperança de fazer o que queremos, eu disse NUNCA!


Cordialmente, Diego Mello.

09/03/08


3 comentários:

Rafaela Melo disse...

Quando eu vi o tamanho do testo, Diego, confesso que pensei em não lê-lo hoje... Ainda não me recuperei da noite mal dormida, ou não dormida, do festival... Mas resolvi ao menos começar, e quando eu menos esperei já tinha terminado!!!!
É impressionante, mai uma vez que vi inteiramente no seu texto!!!!
Tem lido minha mente, Diego Jorge????
Pensei depois de ontem, e decidi que vou tentar coninuar com as aulas de dança mesmo depois que começar a facul!!!!
Mesmo que não consiga, pelo menos tentarei fazer algo que realmente me dá muito prazer, o meu luxo pessoal!!!!
Espero que minha profissão me dê o prazer que tenho com a dança... pq eu não quero ser mais uma proffissional frustrada no mundo!!!
Desejo o mesmo a vc, meu amigo!!!!!!!!
beijãooooooo

Camilla Rabello disse...

DiieguinhO do nada acheii teu blog!
Na verdade tava fuçando o my space e vih lah.. decidir vim olhar, não me custava nada neah!
AdOreii o texto..
Hoje em dia as pessoas pensam muito numa profissão q va lhe gerar emprego e não pensa se eh aquilo q realmente gosta!
ameii!

BeijOs

Kerol disse...

Eae, quando começa a escrever novamente? =*

www.desmatamentozero.ig.com.br