quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

A vida é uma partida de futebol (segundo tempo)

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Na volta do vestiário o time já esta ciente da postura que deve adotar em campo. A parada estratégica do intervalo definiu a principio, o modo de agir, não que o time não possa vir a modificá-la, mas essa será a base para as tomadas de decisão... Na vida é sempre bom após as paradas estratégicas em busca de nos avaliarmos, transformar em ações aquilo no qual nos propusermos a melhorar. Todo adulto tem que buscar essa percepção de parar, analisar e agir... é complexa essa parte mas... Assopra o tio! Ta valendo o quebra canela!


15 minutos do segundo tempo: (Segunda parte da Idade Adulta)


O jogo nessa fase rola mais solto não há mais tanta marcação, o esforço físico dos 60 minutos iniciais começa a pesar, e os espaços em campo surgem em campo onde menos se espera. O time esta ciente que esta na hora de matar o jogo e que um gol dará tranqüilidade necessária para levarem mais tranquilamente o resto da partida... Na segunda parte da idade adulta é quando se prepara para a tão merecida aposentadoria e quando se começa a fazer os preparativos finais para se ter o inicio de uma nova fase.


30 minutos do segundo tempo: (Melhor Idade)


Nessa hora não a muito que se fazer, apesar da máxima de que “o jogo só acaba no apito final” valha para o time e para a vida. Fica evidente que um placar adverso é desmotivador, mas não existe nada impossível de ser revertido, nessa hora que se diferenciam craques de jogadores comuns, o craque sabe que quem tem que correr é a bola, não ele, pois suas pernas não têm mais o fôlego de outrora. De uma forma cadenciada, adquirida com a experiência da partida, e de quem conhece os atalhos do campo, o time consegue ou ampliar o placar ou reverte-lo sem se usar da afobação da juventude, nem o pragmatismo da idade adulta... A velhice é a melhor idade pois não há nada melhor do que curtir um repouso merecido sem deixar de ser útil, mas com família criada e encaminhada chegou a hora de cuidar de si próprio e aproveitar o melhor que a vida tem a oferecer, como se fosse um amor mas sempre se mantendo naquela fase de começo de namoro a melhor que tem.


45 minutos do segundo tempo: (Fim)


O juiz aponta o centro de campo e ergue o braço, fim de jogo! Acabou não resta mais nada a se fazer, mas independente do placar ou da avaliação de vida resta o conforto de quem pode olhar para trás e ter a certeza de que fez o melhor e que valeu a pena. Pois ao menos por um instante você foi insubstituível na vida de alguém, de modo, que na sua “partida” continua em outros. É a hora de pendurar as chuteiras é triste mas é necessário e não tem como fugir disso, mas a certeza que o time continuara a existir e que você nunca perdera seu espaço na historia dele é uma grande recompensa. Neste fim de texto não fiz distinção entre vida e partida porque acredito que o fim chega para as duas e de uma maneira tentei ser genérico na abordagem de modo a contemplar as duas vertentes.


Obrigado.

Um comentário:

Rafaela Melo disse...

Belíssimo texto!!!!
Comparações muito boas mesmo!!!!!!!
Palmas para você paulista!!!
E lembrei-me de um texto de Rubem Alves, no qual ele faz uma comparação do futebol ao estupro....
Muito bom por sinal...
Depois eu mostro-o para ti!!!
Ademais, apenas os meu Parabéns!!!!!!!!

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