quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Crônica de uma Morte Anunciada

É duro saber que estamos fadados e predestinados a morte. A senhora de uma única viagem sempre cumpre seu destino. Ao nascer só temos uma certeza, nesse vale de incertezas que nos cercam, é que tudo que nasce há de morrer.
Fora essa certeza não há mais nada certo na vida. Demos sorte ao nascer de ter uma família ou alguém que se importe conosco com o nosso futuro, nos colocando nos trilhos para percorrer uma longa vida.
É terrível imaginar que vamos ver nossos antepassados, os mesmos que construíram boa parte do que nós somos, partirem...
Ao passar por essas situações é comum nos revoltarmos com tudo, com todos, dizemos que não é justo, que aquele ente querido não merece sofrer e padecer daquela forma.
É complicado demais viver com a dor da perda... Mas apesar de ser o único futuro de que temos certeza, não devemos fazer da vida a crônica de uma morte anunciada , assim como quando nossos antepassados partirem não devem querer que o lembramos pela hora de uma morte mas por tudo que nosso ente fez em vida e que nos deixou como legado.
Vamos viver de melhor maneira possível, fazendo o melhor que somos capazes para a honrar a memória de quem nos amou em vida.
Não esse texto não é um texto de otimismo sobre a vida, mas uma crônica de alguém que vive na eminente e clara hipótese de perder alguém que lhe deu seu rumo e moldou seu caráter. A impotência de poder mudar esse destino é que o atordoa...

2 comentários:

Diego Mello disse...

Todo poeta canta a morte no momento de tristeza, quando na verdade é um momento de alegria para quem vai. É um momento de se libertar das grades da carne.
O tempo transforma as tristes saudades em felizes lembranças de quem foi e a certeza de que a pessoa não esquecerá aqueles que amou.

Rafaela Melo disse...

Difícil falar de perda de entes queridos, pq nunca perdi parentes próximos...
O mais próximo que perdi foi um tio em segundo grau que só via em momentos de festividades. Mas imagino a dor de perder alguém que amamos, o simples fato de mãe, pai ou irmão estar doente ou passar algum tempo longe me mostra isso! Tento pôr na minha cabeça que a morte é natural, uns precisam morrer p outros nascerem... Mas como se acostumar à idéia que chegará um dia no qual não mais poderei dizer à minha mãe aquele "Eu te amo" quando acordar??? O fato é que temos que nos acostumar com as perdas, afinal elas acontecem... Choro e tristeza virão, mas o tempo se encarrega de transformá-los em aceitação e saudade.Uma saudade boa, saudável, dakelas que ao ver uma foto o coração bate mais forte, mas alivia logo depois... espero que fique tudo certo com essa pessoa que estás prestes a perder, desejo sincero meu viu!

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